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Brasília

Ministério das Mulheres considera morte de Genir e Letícia como feminicídio

O Ministério emitiu nota oficial informando que o caso será acompanhado de perto e as famílias receberão apoio

Aline Rocha

28/08/2019 16h38

Aline Rocha
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De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o assassinato de Letícia Sousa Curado de Melo, 26 anos, e Genir Pereira Sousa, 47, são considerados feminicídios, como revelado em primeira mão pelo Jornal de Brasília nesta semana. O Ministério emitiu nota oficial informando que o caso será acompanhado de perto e as famílias receberão apoio. 

Ainda não se sabe por quais crimes Marinésio de Sousa Olinto, 41, será acusado, já que as investigações ainda estão em curso. Os crimes são considerados feminicídios por terem sido brutais  e menosprezarem a condição de “ser mulher”. 

Confira a nota do MMFDH na íntegra: 

“Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), vem a público repudiar os atos de violência contra a mulher que nos fez perder de forma violenta Letícia Curado e Genir Sousa, além de envolver mais 4 mulheres em outros tipos de violência. O MMFDH informa também que seguirá acompanhando os casos, exigindo punição e apoio para as famílias. Às autoridades e à imprensa gostaríamos de reforçar a importância de que os casos sejam enquadrados como feminicídio, pois são crimes brutais e com menosprezo à condição de ser mulher, conforme estabelece a Lei 13.104/15 e as diretrizes nacionais.

Nesta ocasião, que todos sentem a dor das mulheres em atos de extrema violência, gostaríamos de envolver a sociedade como protagonista no enfrentamento à violência. Acreditamos e defendemos que a saída para esse grave problema, que exige mudança comportamental, passa pela união de esforços e estamos desenvolvendo programas como o Salve Uma Mulher que irá unir a sociedade na batalha que travamos para fazer do Brasil um país que respeita as mulheres.

O Governo Federal também está atento aos casos de violência doméstica, que são a maioria dos registros de violência contra a mulher no Brasil e segue desenvolvendo programas que assegurem as mulheres ferramentas para que elas consigam sair do ciclo da violência e conquistar independência financeira, como o Qualifica Mulher. O trabalho considera ainda a educação como elemento fundamental para mudança e informamos que segue em tratativa a expansão para todo Brasil do projeto Maria da Penha vai à escola.

Reafirmamos que o enfrentamento à violência contra mulher é prioridade para o Governo Federal e lembramos que estamos trabalhando por meio do Pacto Nacional, celebrado neste mês, com o poder legislativo, executivo e conselhos que fazem parte do Sistema Judiciário. Por fim, nos solidarizamos com as famílias e amigos neste momento de dor.”

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