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Brasília

Mercado imobiliário do DF atinge recorde de vendas em junho

O Índice de Velocidade de Vendas (IVV), feito pela Ademi-DF e Sinduscon-DF, foi de 11,1%, o que representa 678 unidades lançadas em meio à pandemia

Pedro Marra

12/08/2020 11h39

Prédios do Noroeste. 12-11-2018. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília.

Com um resultado recorde em 2020, o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do mercado imobiliário do Distrito Federal atingiu 11,1% nas vendas de junho, mês que registrou 678 unidades lançadas, número 18 vezes maior que maio, com apenas 36 imóveis divulgados. O sexto mês deste ano teve sete empreendimentos apresentados, sendo que em maio houve somente um, e abril não teve registros.

O estudo foi apresentado em coletiva virtual na manhã de hoje pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF). Por ser um índice, o IVV tem um numerador representado pela quantidade de unidades vendidas, e um denominador com a quantidade de unidades ofertadas. 

Junho também atingiu o ápice nas vendas em 2020. Foram 337 imóveis comercializados. Se compararmos com maio, por exemplo, a velocidade de vendas cresceu 22,1% e a oferta de novas unidades subiu 25,4%. A venda de imóveis, por sua vez, registrou outro forte desenvolvimento, com resultado 53,2% superior: no mês de maio, foram comercializadas 220 unidades. 

Segundo o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira Almeida, essa retomada significativa do IVV tem influência no modo de comercialização do mercado imobiliário nesta pandemia da covid-19.

Foto: Pedro Marra/ Jornal de Brasília

“A forma de vender os imóveis tem mudado bastante e regularmente. Hoje é muito mais comum que as empresas utilizem mídias digitais na comercialização dos seus empreendimentos. A pandemia acelerou esse processo. Diversas empresas aprenderam a fazer contato com os clientes de forma digital como assinar contratos. Nos cartórios do Brasil, principalmente do DF, você assina uma escritura pública sem sair de casa. Esse será um dos pontos positivos que vieram com essa pandemia”, declara.

“Há um conjunto de fatores para explicar esse resultado. A taxa Selic, que orienta a economia, despencou. Ao mesmo tempo, foram reduzidas as taxas do financiamento imobiliário, criando melhores oportunidades para a compra de imóveis”, acrescenta o presidente da Ademi-DF.

Em junho, o setor Noroeste foi o que liderou o ranking de vendas com 71 unidades comercializadas; seguido das regiões de Santa Maria, 68 imóveis; e Planaltina, 51 unidades. Segundo a pesquisa IVV, 72,4% dos imóveis residenciais comercializados em junho estão em obra e 27,6% estão prontos. O estoque de imóveis residenciais alcança 3.039 unidades no Distrito Federal, o suficiente para atender a demanda pelos próximos nove meses.

Imóvel como investimento

As vendas acumuladas em 2020 alcançaram 1.118 unidades. O melhor junho da série histórica do estudo, iniciado há seis anos, mostra que incorporadoras e construtoras do DF atravessaram com sucesso as incertezas geradas pelo novo coronavírus, se adaptaram e estão preparadas para um novo ciclo de crescimento no pós-pandemia. De janeiro a junho, o mercado imobiliário do DF acumulou Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 881,26 milhões em unidades lançadas e R$ 678,86 milhões em unidades vendidas.

Foto: Pedro Marra/ Jornal de Brasília

“As taxa de juros já vinham caindo. As pessoas começaram a enxergar a moradia pela importância de se morar bem. Isso fez com que essas pessoas continuassem vendendo imóveis. E as imobiliárias foram ágeis nessa nova forma de vender. Isso tudo somado fez com que o nosso mercado retomasse as expectativas iniciais de vendas. As vendas voltando no mês de maio deu segurança aos compradores”, comenta Adalberto Valadão Junior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF).

Para Adalberto, o público investidor tem participado mais das vendas por ser uma oportunidade de lucrar futuramente com os imóveis. “O potencial de valorização hoje é muito grande, e os aluguéis têm se mostrado muito bons nesse sentido. O público voltando a alugar imóveis faz com que essa venda seja acrescida. A gente acredita que isso deve permanecer com um certo equilíbrio daqui para frente, com mais lançamentos e uma oferta maior. É o momento ideal, tanto para quem quer comprar o imóvel ou investir. Acreditamos que daqui a alguns meses esses imóveis estarão mais caros. Isso tem trazido de volta ao nosso mercado o público investidor”, acrescenta o vice-presidente do Sinduscon-DF.

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