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Brasília

Manifestantes ocupam FNDE em busca de apoio contra redução de verbas para a UnB

Arquivo Geral

10/04/2018 16h59

Breno Esaki

Ana Clara Arantes

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A Polícia dispersou manifestantes em frente ao Ministério da Educação (MEC), no começo da tarde, então estudantes, professores e funcionários da Universidade de Brasília (UnB) ocuparam o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), na tentativa de serem ouvidos na reivindicação contra redução de verbas para a instituição. Até às 16h45, eles continuavam no local.

Segundo membros do grupo, eles estão reunidos no auditório do FNDE com autoridades do órgão, na expectativa de que busquem juntos uma alternativa ao sucateamento da UnB, e ficarão por lá até o fim das conversas.

Breno Esaki

O andamento

A estudante Daniela Messias, 24 anos, espera ao menos o apoio da autarquia na luta e reclamou da truculência policial na repressão aos protestos de mais cedo. Segundo ela, a decisão de ocupar o MEC veio após aguardarem quatro horas para serem atendidos pelo novo ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva.

Na versão dela, foi dado, então, um ultimato para que fossem recebidos e houve a ameaça de invadir. “Ninguém apareceu. Como não tivemos nenhuma resposta, decidimos ocupar. Foi aí que a polícia começou a jogar gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha – uma inclusive me acertou na cintura”, relata a jovem.

Daniela diz que a luta é por direitos. “Temos que mostrar para a população que precisamos ser ouvidos”, afirma. Para ela, chegar ao FNDE foi uma alternativa para que fossem escutados. Um dos gritos de guerra do grupo é: “que contradição, tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para educação.”

Breno Esaki

Versão oficial

Conforme a assessoria de imprensa do Ministério da Educação, funcionários da pasta se encontraram com representantes dos protestos,  mas a reunião foi suspensa “após manifestantes encapuzados quebrarem janelas com paus e pedras e tentarem invadir o prédio sede do MEC”. “Aberto ao diálogo, o MEC iniciou a reunião com seis representantes de professores, alunos e servidores e a equipe da Secretaria de Educação Superior para receber as reivindicações e apresentar a real situação orçamentária e financeira da UnB”, complementou o órgão, por meio de nota.

A assessoria ainda elencou 15 pontos que estariam equivocados nas reivindicações do grupo. Dentre eles, a suposta redução orçamentária da UnB – “passou de R$ 1.667.645.015 em 2017 para R$ 1.731.410.855 em 2018”, alega a pasta.

“As universidades federais têm autonomia administrativa e de gestão financeira, orçamentária e patrimonial, de acordo com a Constituição Federal, para realizar a aplicação dos recursos. Após efetuar liberação orçamentária, o MEC não possui qualquer ingerência sobre os processos de pagamento que estejam a cargo de suas unidades vinculadas”, concluiu o ministério.

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