Uma ocorrência envolvendo cinco jovens, muitas viaturas da Polícia Militar (PMDF) e até mesmo o Batalhão de Operações Especiais (Bope) chamou a atenção de moradores do setor leste do Gama nesta sexta-feira (30).
Por volta de 3h30, três destes jovens foram abordados por policiais na frente de um sobrado na quadra 5. Com um deles, havia a chave de uma motocicleta cuja origem não foi explicada. Próximo à residência, havia três motos, e uma seria clonada, segundo a PMDF. Neste momento, os homens correram para dentro da casa, onde já estavam os outros dois jovens envolvidos. Eles são irmãos e primos.
Segundo a mãe de três dos cinco jovens que estavam na residência, eles correram porque os policiais cometeram agressão. “Se trancaram em casa para se proteger”, afirma a enfermeira Cristina Ferreira, 48 anos, ao portal G1.
A partir daí, iniciou-se uma negociação para que os jovens deixassem a casa e explicassem a procedência da moto clonada. Polícia Militar (PMDF) alega que o grupo atacou os policiais com pedras e que um militar terminou ferido na região dos olhos. A corporação afirma também que um cachorro da raça pit bull foi posto pelos suspeitos para atacar a equipe. O cão foi morto a tiros pelos policiais.
Na versão de Cristina, a informação de que o cão atacou os policiais não procede. O cachorro seria manso e, segundo a mãe dos jovens, “o cachorro saiu porque estava no quintal e foi atingido por quatro tiros”.
A mulher afirmou que os filhos e sobrinhos são “rapazes de bem e trabalhadores”. A vizinhança reforça a versão e parece ainda não ter entendido o que aconteceu.
Fim da negociação
Por volta de 9h, após quase seis horas de negociação, os jovens decidiram se entregar. Eles foram levados à 20ª Delegacia de Polícia (Gama), que vai investigar o caso.