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Brasília

Maçonaria discute saúde pública em Brasília

Debate sobre a saúde pública no DF ocorreu na noite desta quarta-feira (22), na Grande Loja Maçônica do Distrito Federal

Aline Rocha

23/05/2019 15h36

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Da Redação
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Em parceria com a Loja Maçônica Flor de Lótus, a Grande Loja Maçônica do Distrito Federal promoveu debate acerca da saúde pública no DF. O secretário de Saúde, Osnei Okumoto participou do evento e recebeu uma placa de agradecimento por sua participação e contribuição ao assunto.

Durante o evento, o secretário lembrou que, assim que assumiu a gestão da pasta, fez diagnóstico dos principais problemas, incluindo falta de informatização na rede, desabastecimento de insumos, necessidades de comunicação entre setores da pasta e modelo de gestão defasado.

Um dos principais pontos abordados foi ficar em dia com as contas da Secretaria de Saúde. “Sobre despesas anteriores, feitas por governos passados, no período de cinco meses pagamos R$ 1 bilhão”, contou Okumoto. “Trabalhamos com os recursos disponíveis para custeio e investimento, buscando, cada vez mais, equalizar todo o sistema para dispor aos pacientes do DF toda a eficiência no tratamento”, ressaltou.

O secretário explicou que é importante contratar mais servidores públicos para a área de saúde, principalmente farmacêuticos, enfermeiros, pediatras e anestesistas. Ele afirma que estão tentando compor a rede chamando todos os concursados. Na última semana, 81 aprovados no concurso público de 2018 foram nomeados.

Outro destaque de sua fala foi a necessidade de manutenção de infraestrutura das unidades de saúde. Ele explica que alguns hospitais e equipamentos estão sem manutenção há muito tempo. “Pegamos 20 anos de retrocessos e más decisões e, agora, precisamos preparar o terreno para termos melhores condições”, ponderou.

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Debate

Quatro assuntos foram tema dos blocos do debate: modelo assistencial com hierarquização das redes de atendimento; humanização do atendimento; judicialização da saúde; e terceirização da saúde.

A terceirização da saúde no DF tem sido criticada por não ter trazido os resultados esperados até o momento. Além disso, existem acusações de falta de transparência no modelo. Como solução alternativa à terceirização, o secretário comentou sobre o modelo do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

Okumoto informou que “temos um modelo diferenciado no DF. O instituto tem um conselho de administração em que o secretário de Saúde é o presidente, o que o torna o mais transparente possível. Além da facilidade em contratar pessoas, pela CLT, e das aquisições por um sistema mais simplificado, fazendo o abastecimento de medicamentos e insumos ser mais rápido, feito em até três semanas”.

Ao final de cada bloco de debate, algumas perguntas feitas pelo público foram selecionadas para que os debatedores respondessem. Ao secretário foram feitas perguntas acerca do combate a dengue no DF, contratação de mais profissionais da área de saúde e atendimento a pacientes do Entorno.

Sobre a dengue, além de contar com a ajuda e suporte da população, Corpo de Bombeiros e Exército, a Secretaria de Saúde tem mobilizado suas equipes para detectar os pontos com mais focos do Aedes aegypti, utilizando larvicidas, bombas costais com inseticidas e o fumacê (UBV) para eliminar o mosquito.

Já a contratação de mais pessoas será realizada com o suporte do Iges-DF, que lançou um processo seletivo para o preenchimento de mais de 2,4 mil vagas. Os selecionados serão convocados para atuar, a partir de junho, no Hospital de Base, e, até julho, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), todas sob a gerência do instituto.

Por fim, o secretário de Saúde informou que uma reunião será realizada na semana que vêm com prefeitos dos municípios do Entorno, para debater sobre a saúde pública da região. “Tudo para discutir formas de disponibilizar recursos e ampliar o nível de atendimento de forma organizada”, concluiu Okumoto.

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