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Brasília

Lacen zera testes de coronavírus diariamente

O local passou a funcionar 24 horas por dia, desde 25 de março. Com isso, cerca de 350 testes têm sido feitos diariamente para diagnosticar o vírus

Redação Jornal de Brasília

07/04/2020 14h15

Foto: Breno Esaki/Saúde

Todos os dias o Distrito Federal tem conseguido zerar a lista de espera de exames de diagnóstico de coronavírus. O tempo para realizar o exame já diminuiu, em média, de 72h para 24h. Esse resultado foi possível graças ao comprometimento dos profissionais de saúde do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), responsável pela realização dos exames de detecção da Covid-19, por aporte de recursos humanos por parte da SES e da parceria com a UNB.

O local passou a funcionar 24 horas por dia, desde 25 de março. Com isso, cerca de 350 testes têm sido feitos diariamente para diagnosticar o vírus na população do DF, com capacidade de chegar a dois mil casos por dia caso sejam utilizados os novos equipamentos disponibilizados pela Universidade de Brasília (UnB). Até o momento, cerca de 4,5 mil procedimentos foram realizados desde os primeiros testes para identificar os casos de coronavírus no Distrito Federal.

A dedicação dos servidores para alcançar esse patamar foi elogiada, nesta terça-feira (7), pelo secretário de Saúde, Francisco Araújo, que realizou uma visita técnica nas instalações. “Desde que o Lacen passou a funcionar 24 horas, deu uma forte agilidade nos resultados dos exames para a comunidade brasiliense”, afirmou o gestor. “Isso nunca houve na história do Lacen, de ter resultado no mesmo dia e a fila estar zerada”, destacou.

Na avaliação do gestor, mesmo em meio a pandemia, a população pode se sentir segura com o trabalho realizado pelos servidores e instituições renomadas como a UnB, que tem apoiado os trabalhos para detectar a doença. “Temos bons profissionais e instituições que tem o respeito da sociedade. Junto com o governo, conseguimos produzir o resultado que a população precisa, para ter a tranquilidade em meio a pandemia”, ressaltou Francisco Araújo.

De acordo com o diretor do Lacen, Jorge Chamon, a mudança promovida na unidade modificou a rotina dos 60 profissionais que atuam no Laboratório Central. Alguns escolheram até dormir no local de trabalho, em beliches e camas disponíveis aos servidores, para manter o expediente durante as 24 horas de atendimento aos exames de Covid-19.

“Tudo é por uma causa maior, e tem contribuído bastante para mantermos essa quantidade de entregas. Sem dúvida, o esforço não é em vão, e tem melhorado muito os processos”, comentou Chamon.

APOIO – Para que as medidas de combate ao Covid-19 tenham ainda mais eficiência, Francisco Araújo pediu o apoio do Ministério da Saúde nas ações locais de enfrentamento a doença. O que inclui mais recursos para a Secretaria de Saúde poder liberar leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com a Covid-19.

“É importante que eles liberem os leitos de UTI que pedimos para credenciar, que são 319. O país está no meio de uma pandemia e o que os estados e o Distrito Federal precisam é de apoio”, ressaltou o secretário de Saúde, que também defendeu a continuidade do isolamento social.

Na última semana, o Ministério da Saúde fez um alerta sobre o risco de aceleração descontrolada do número de doentes pelo novo coronavírus nas próximas semanas, nos estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e o DF. O anúncio provocou insegurança na população.

“Discordamos veementemente da posição do Ministério, de colocar essa situação que nem existe na literatura, de aceleração descontrolada. Todo o esforço que estamos fazendo é de controle da situação”, reforçou o gestor.

TESTES RÁPIDO – Durante a visita técnica, Francisco Araújo também lembrou que mais testes rápidos para a Covid-19 estão em processo de aquisição pela pasta. “Estaremos colocando 300 mil deles para poder testar ainda mais pessoas no DF e dar mais celeridade a esse processo. Mas, atualmente, o Lacen é onde fazemos o maior número de testes”, informou.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, explica que os testes rápidos são baseados em reação imunológica e demoram até 30 minutos para ficarem prontos. Enquanto os do Lacen, de biologia molecular, são mais complexos e dispendiosos.

“Os testes no Lacen também são a partir da entrada da amostra e processados no mesmo dia. Mas não teremos um tempo de realização desse exame de mais de 24 horas. Todas as amostras que entram aqui, já tem o resultado”, comentou Hage.

A expectativa dos gestores é que os processos para aquisição dos testes rápidos sejam finalizados até a próxima semana, para então serem distribuídos a toda a rede pública de saúde.

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