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Brasília

Júri mantido: recurso das acusadas de matar e esquartejar o menino Rhuan é negado

Juiz negou recurso da defesa para absolvição da mãe e da companheira que confessaram a crueldade ocorrida em Samambaia

Redação Jornal de Brasília

22/11/2019 11h39

Caso Rhuan – assassinado pela mãe foto : arquivo pessoal

Da Redação
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De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios o Tribunal do Júri de Samambaia negou recurso para absolver Rosana Auri da Silva Candido e sua companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa.

Elas foram acusadas de esquartejar e matar o menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de apenas 9 anos, em maio deste ano, na região administrativa. A decisão que determina júri popular para a dupla foi mantida mesmo depois do recurso da defesa. 

Ainda cabe recurso da sentença.

O caso

O crime aconteceu em 31 de maio, em Samambaia e no entendimento do MPDFT, elas premeditaram o assassinato, planejando como executariam e destruiriam o corpo da criança. Segundo investigações, na noite do assassinato, a dupla esperou Rhuan dormir para cumprir o plano. Rosana, a mãe, desferiu o primeiro golpe no peito do menino, que acordou com o ataque. Kacyla o segurou para que Rosana desferisse as outras facadas. Por fim, a mãe decepou a cabeça do filho ainda com vida.

Algumas qualificadoras do homicídio apontadas pelo MPDFT estão o motivo torpe, o meio cruel e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O primeiro diz respeito ao sentimento de ódio que Rosana nutria em relação à família paterna da criança. Em relação ao segundo, a criança recebeu, ao menos, 11 facadas e foi degolada ainda viva. Por último, Rhuan foi atacado enquanto dormia.

Após o assassinato, a dupla esquartejou, perfurou os olhos e dissecou a pele do rosto da criança. Elas também tentaram incinerar partes do corpo em uma churrasqueira, com o intuito de destruir o cadáver e dificultar o seu reconhecimento. Como o plano inicial não deu certo, elas colocaram partes em uma mala e duas mochilas. Rosana jogou a mala em um bueiro próximo à residência onde ocorreu o crime. Antes que ocultasse as duas mochilas, moradores da região desconfiaram da atitude da mulher e acionaram a polícia, que prendeu as duas autoras em flagrante, em 1º de junho.

Desde 18 de dezembro de 2014, Rosana vivia com o filho de maneira clandestina. Rhuan foi retirado à força dos cuidados dos avós paternos e era procurado pela família. Até a sua morte, a criança foi submetida a intenso sofrimento físico e mental como forma de castigo pessoal. Enfrentou desprezo e privações. Foi impedido de manter contato com outras pessoas. Ele também não frequentava a escola.

Um ano antes do assassinato, a dupla extraiu os testículos e o pênis de Rhuan, em casa, de forma rudimentar, sem anestesia ou acompanhamento médico. Por esses crimes, elas foram denunciadas por tortura e lesão corporal gravíssima.

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