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Brasília

Jovem que matou padrasto é condenado a mais de 23 anos de prisão

Wagner destruiu e ocultou o cadáver de Wagner, incinerando-o e dispensando-o em um bueiro, às margens da BR-060

Aline Rocha

27/08/2019 17h48

Da Redação
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De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Ruan de Oliveira Pereira foi condenado a 23 anos, 11 meses e 14 dias de reclusão, em regime fechado, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele assassinou o padrasto, Wagner Alves Pinto, com disparos de arma de fogo seguido de golpes de facão e decapitação. 

O crime ocorreu em Samambaia, em 15 de maio de 2018. Wagner destruiu e ocultou o cadáver de Wagner, incinerando-o e dispensando-o em um bueiro, às margens da BR-060, no mesmo dia do assassinato. De acordo com os autos, ele incinerou o veículo da vítima quatro dias depois. 

Para o juiz presidente do Júri, a conduta do réu foi singularmente exacerbada, pois era filho da companheira de quem a vítima havia recém se separado. “Portanto, era pessoa do convívio íntimo da vítima e que desfrutava da confiança desta, tanto que se valeu dessa confiança para atraí-la ao local do crime e executá-la brutalmente. A existência de uma relação íntima e de confiança, como no caso, sem dúvida difere de um homicídio cometido contra terceiro com o qual a vítima não tenha qualquer vínculo. É, aos olhos da sociedade, muito mais gravosa”, ressaltou o magistrado.

Assim, de acordo com a decisão dos jurados, Ruan foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado por utilização de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, cometido contra pessoa maior de 60 anos; destruição e ocultação de cadáver e fraude processual (art. 121, § 2º, incisos III e IV, e § 4º, parte final, art. 211, caput, e art. 347, parágrafo único (por uma vez), todos do Código Penal).

Pela fraude processual, Ruan foi condenado em seis meses de detenção e 20 dias-multa, em regime aberto. Porém, não poderá recorrer em liberdade da sentença condenatória de reclusão em regime fechado.

 

Com informações de TJDFT

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