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Incansável: Piloto mirim treina no Cave por bons resultados no Brasileiro de 2020 de Kart

Artur anda de kart faz dois anos e já acumula experiências importantes como piloto, como quando desbancou campeão e vice-campeão brasileiro de kart em uma corrida

Redação Jornal de Brasília

14/09/2020 15h05

Toda terça, quinta e sábado Artur Hoff tem um compromisso inadiável, os treinos de Kart. Embora tenha apenas 11 anos, o piloto já se porta como um profissional, é muito bem assessorado, e leva consigo a responsabilidade de representar bem toda a sua equipe nas pistas Brasil afora. Muito competitivo ele se espelha no maior piloto de todos os tempos, Ayrton Senna.

Acompanhado do pai, Artur segue o sonho de virar piloto e treina três vezes por semana, inadiavelmente. Não é para menos já que em dezembro Hoff disputará as etapas do campeonato brasileiro de sua categoria em Birigui, São Paulo. Até lá a rotina é de trabalho. Não basta apenas fazer boas voltas atrás do volante, Artur também faz exercícios físicos e tem uma dieta específica para poder guiar.

Artur anda de kart faz dois anos e já acumula experiências importantes como piloto, como quando desbancou campeão e vice-campeão brasileiro de kart em uma corrida. Mesmo com a pouca idade, Artur começou tarde, com 9 anos. “Geralmente o normal é começar com 6 ou 7”, explicou Renato Hoff, pai do piloto.

Renato explica que tem muito orgulho de ver o filho pilotando e foi em uma importante corrida que ele percebeu como Artur era bom atrás do volante.

“Ele foi correr e no grid estavam os campeões brasileiro da categoria dele, que já pilotavam desde mais novos. Ai o Artur desbancou eles. Foi aí que eu falei ‘ele é muito bom'”, disse.

“Eu sempre gostei muito de carro e meu primo andava de kart, aí eu via as corridas dele e pedia pro meu pai me levar pra andar de kart”, explica Artur sobre como a paixão nasceu.

Como qualquer piloto campeão, Hoff é categórico quando perguntado sobre o que mais gosta no esporte “as ultrapassagens, a adrenalina”.

Mas por conta da pandemia de coronavírus ele ficou 4 meses sem poder treinar. Agora, com a flexibilização das medidas de distanciamento social, a rotina forte de treinos foi retomada com objetivo de fazer uma boa competição em Birigui no fim do ano.

O Kartódromo Ayrton Senna, na área especial do Cave, no Guará, é o local de treinamentos de Artur, e o pai explica o porque: “A pista aqui é muito técnica, por isso tantos campeões saíram daqui”.

O local ficou muito tempo abandonado. Hoje, após uma revitalização da nova diretoria, é esperança para que pilotos brasilienses voltem a aparecer nas maiores categorias do automobilismo brasileiro. É o caso do brasiliense ex-piloto de fórmula 1, Felipe Nasr, que correu no Cave no início da carreira.

Por conta da pandemia, o cave pode funcionar para treinamento dos pilotos, no entanto as corridas ainda estão proibidas. Para que as competições voltem no DF é necessária uma autorização da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer do Distrito Federal.

A Secretaria explicou ao Jornal de Brasília que a realização de eventos esportivos no Distrito Federal segue suspensa e sem previsão de liberação por conta da pandemia.

Operação Cara

Em decorrência da pandemia, Artur está competindo em São Paulo, o que torna a operação muito mais cara. “É muito difícil ficar correndo em São Paulo, por que o que o Artur tem é um ‘paitrocínio’ e ir para lá correr é caro”, explica Renato.

Mesmo com as boas corridas e os bons resultados, Artur sofre sem marcas que possam patrociná-lo. O qué é importante para bons resultados já que o esporte é caro e é necessária uma equipe para assistir o jovem. A única empresa que o apoia no momento é a Sollo Serviços.

Artur ainda nutre a expectativa de correr o mundial do ano que vem, também em Birigui. A competição seria esse ano, mas a pandemia adiou os planos.

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