João Paulo Mariano
Especial para o Jornal de Brasília
A Esplanada recebe esquema especial de segurança hoje, em mais uma etapa do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, quando são esperadas cinco mil pessoas em manifestações. No entanto, em comparação a atos anteriores, o aparato será bem menor, e, a princípio, não será necessário fazer alterações no trânsito. Às 6h, o esquema deve começar a ser montado. Desta vez, no lugar de um “muro” de metal dividindo os manifestantes, haverá viaturas policiais.
A partir das 9h, será avaliado no plenário do Senado o relatório da comissão especial que analisou o pedido de impeachment. A previsão é de que todo o evento dure mais de 20 horas e avance para amanhã de manhã.
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A operação envolve mais de mil homens das áreas de segurança do Congresso Nacional e do Governo do Distrito Federal. São 500 PMs, 200 policiais legislativos, 250 bombeiros – a depender da necessidade – e 80 integrantes do Detran.
Além disso, cerca de 50 policiais civis estarão disponíveis na 5ª DP, que recebeu reforço para o evento. Serão 35 viaturas só para a Esplanada, de todos os órgãos.
Ontem, o JBr. noticiou que a secretária de Segurança, Márcia Alencar, apontou a possibilidade de a cerca voltar a separar quem é contra ou a favor do impeachment. Porém, ontem, após reunião, ela elencou os motivos para a decisão final: “A quantidade de manifestantes não justificaria. Depois, estamos num período olímpico e, portanto, o volume para o jogo não seria significativo para gerar um bolsão de pessoas no eixo rodoviário”.
Com o decreto federal para que hoje seja ponto facultativo, a previsão é de que ainda menos pessoas passem pela Esplanada. O Senado e a Câmara continuam em funcionamento normal, e há um esquema de segurança para a área interna do Congresso. Visitas não serão permitidas e os 34 acessos entre ambos serão bloqueados.
A Polícia Legislativa ficará encarregada de cuidar desse bloqueio. Márcia Alencar afirma que o objetivo é que ninguém tenha acesso às Casas e se evite qualquer tipo de confronto popular no plenário.
Intenção é deixar vias liberadas
O espaço previsto para a concentração dos manifestantes será na Avenida das Bandeiras, com a separação de público feita por viaturas da Polícia Militar. O gramado que vai até o Congresso será isolado por grades e pela polícia. A estimativa é de que essa área seja suficiente para acomodar as cinco mil pessoas sem a necessidade de fechar as vias N1 e S1. Caso o contingente aumente, as pessoas serão conduzidas para cima do gramado.
A revista aos manifestantes será feita próximo à Avenida das Bandeiras. A presença de carros de som e de bonecos está proibida. Isso foi acordado durante reuniões com os integrantes dos movimentos.
Para a secretária Márcia Alencar, a PM pode aumentar a divisão com os carros no gramado até o terceiro trecho da Esplanada, se necessário. “Se não der certo, temos um plano B e um C”, garante.
O trânsito não será modificado, pelo menos em um primeiro momento. Viaturas ficarão a postos para que, se houver invasões às vias ao redor, o trânsito seja alterado para que haja a segurança física dos manifestantes.
