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Brasília

Idosos atropelados eram tios biológicos de Pedrinho, diz polícia

Arquivo Geral

19/01/2018 14h16

Evaldo e Dulcinéia foram atingidos em cheio por carro desgovernado. Foto: Reprodução/Facebook

Matheus Venzi
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Os idosos que morreram atropelados nesta quinta-feira (18), na QI 10 do Lago Norte, eram tios biológicos de Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, que protagonizou o caso mais famoso de um bebê roubado em uma maternidade no Brasil. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em coletiva na manhã desta sexta-feira (19), na 9ª Delegacia de Policia. A motorista, Luciana Pupe Vieira, de 46 anos, encontra-se internada em estado gravíssimo e responderá em liberdade.

Dulcinéia Rosalina da Silva, de 71 anos, e Evaldo Augusto da Silva, de 75 anos, haviam completado 50 anos de casamento no começo deste ano e tinham retornado à capital há uma semana depois de uma viagem de comemoração das bodas de ouro. Os dois tinham o costume de realizar caminhadas matinais, porém, naquele dia decidiram ir no começo da noite.

De acordo com a polícia, as famílias das vítimas e da motorista atropeladora se conheciam e frequentavam a mesma igreja: a Paróquia Nossa Senhora do Lago, que fica na QI 3 do Lago Norte.

Pedrinho foi raptado na maternidade Santa Lúcia, em Brasília, em janeiro de 1986. Ele passou quase 17 anos vivendo sob o nome de Osvaldo Martins Borges até ser encontrado, no ano de 2002 em Goiânia. Ele vivia como filho legítimo de Vilma Martins Costa, que foi presa e atualmente se encontra em liberdade condicional.

Foto: Reprodução/Facebook

Motorista responderá em liberdade

Mesmo com Luciana sem condições de depor, uma audiência de custódia foi realizada no início da tarde no Departamento de Polícia Especializada (DPE) da PCDF. Na audiência, foi decidido que a servidora pública responderá em liberdade. Ela era casada e trabalhava na Câmara dos Deputados.

A delegada-chefe da 9ª DP, Mônica Ferreira, chama a atenção para a movimentação estranha de Luciana momentos antes do acidente. “Ela morava na QI 7. Por isso, não tinha sentido ela ter continuado seguindo reto na via. Ela teria que ter virado antes pra poder ter acesso à sua residência”, diz. Mônica acredita que a motorista pode ter sofrido algum surto em decorrência do diabetes e ainda aguarda a conclusão dos laudos da perícia para dar prosseguimento às investigações. Outras testemunhas serão ouvidas ainda hoje.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

A servidora pública sofreu lesões no tórax, nos braços e nos membros inferiores. Ela está internada da ala vermelha do Hospital de Base, porém, a família de Luciana solicitou uma transferência para o Hospital Santa Lúcia, já que a mulher sofreu uma crise glicêmica dentro enquanto estava internada.

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