Matheus Venzi
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O funcionário público aposentado Zersiane Joaquim, 83 anos, estava fazendo uma manutenção em seu telhado na segunda-feira (21), em Sobradinho, quando se acidentou e caiu de uma altura de três metros. Ele sofreu uma lesão grave na quinta vértebra cervical e agora luta por uma vaga em um hospital especializado. Seu filho, Junio Célio, chegou a procurar três hospitais, mas todos alegaram não ter vaga. Atualmente, o homem está internado na Unidade de Ortopedia do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), onde aguarda um parecer clínico.
O filho de Zersiane conta que, no dia do acidente, mesmo lesiosado, o pai precisou ir até o Hospital de Base para fazer uma tomografia, pois o tomógrafo do HRS estava quebrado. “Imagina a situação que ele passou em ser deslocado naquele estado só pra fazer uma tomografia”, ponderou o filho, que é técnico de enfermagem.
Ainda segundo Junio, após a tomografia, o tratamento de Zersiane ficou completamente parado. “Não tem um especialista para fazer uma análise da tomografia e dar o laudo da situação dele para ver qual o próximo passo a ser tomado”, explica. O filho de Zersiane tem medo do pai ficar com sequelas devido a demora em iniciar o tratamento. “O tempo de espera prejudica o tratamento e pode causar lesões irreversíveis”, afirma.
Sem vagas
Junio agora luta para remanejar o seu pai para outro hospital. Ele afirma que já procurou três hospitais que têm especialistas nesse tipo de lesão, sendo eles o Hospital Regional da Asa Norte (HRAM), o Hospital Regional do Paranoá e o Hospital de Base. Segundo ele, as unidades de saúde afirmaram que não têm vagas.
Agora, os filhos de Zersiane lutam por um parecer médico para que possam encaminhá-lo ao Ministério Público na esperança de que o órgão desloque o paciente para um hospital que tenha especialistas nesse tipo de lesão.
HRS diz que demora é por causa da demanda
Em nota, a direção do HRS confirmou a internação de Zersiane e afirmou que ele esta recebendo a assistência médica necessária enquanto aguarda o parecer clínico. Além disso, os médicos alegam que o paciente não apresenta déficit motor ou neurológico.
Segundo a direção, essa demora está acontecendo devido a grande demanda. “Há uma fila para realização do parecer médico, que leva em conta a gravidade e os riscos de cada caso”, ponderou a pasta.
Sobre o tomógrafo quebrado, a direção confirmou a informação e disse que a empresa responsável pela manutenção já foi acionada e está trabalhando para que o equipamento volte a funcionar. Os técnicos aguardam a chegada de peças para reparar o aparelho.
