O Governo do Distrito Federal (GDF) segue priorizando a privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB). Segundo o governador Ibaneis Rocha, entregar a companhia à gestão privada “é o único caminho”.
“Eu estudei profundamente o caso da empresa e a situação financeira é gravíssima. São débitos de mais de R$ 2 bilhões que o governo não tem como cobrir, acrescido da necessidade de investimentos para que o serviço seja melhorado”, disse o governador, após reunião com deputados distritais Chico Vigilante e Arlete Sampaio, do PT.
“Houve muita irresponsabilidade para que a CEB chegasse a esse ponto de quase perder a outorga de distribuição de energia da Aneel. A privatização é o único caminho e será feita.”
As irresponsabilidades as quais Ibaneis se refere estão relacionadas a privilégios salariais e trabalhistas a uma elite dos servidores da CEB, supostamente concedidas por governos anteriores.
Decidido a privatizar a companhia, Ibaneis explica em que pé andam os trâmites para tal. “Já estamos com estudos adiantados e, nas próximas semanas, o mercado terá novas informações sobre o processo em curso.”
Ibaneis afirmou que a privatização da CEB não vem de uma política privatista. O governador dá exemplos do BRB e da Caesb, que apresentavam problemas, mas conseguiram se recuperar financeiramente.
“Veja o caso do Banco de Brasília, por exemplo, que saiu de uma situação policial, quando vários diretores foram presos, para um lucro recorde de R$ 412 milhões este ano”, citou. “No caso da CEB não temos essa possibilidade”, concluiu.