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Brasília

Ibaneis Rocha testa negativo para coronavírus

Nesta terça-feira (21) a Secretaria de Saúde começou a testagem em massa para o novo coronavírus na população do DF por meio do serviço de drive-thru

Aline Rocha

21/04/2020 19h29

Aproveitando o início da testagem em massa para o novo coronavírus no Distrito Federal, nesta terça (21) o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, testou negativo para Covid-19.

Ibaneis, que vem sendo acompanhado de perto por uma equipe médica se viu em uma sinuca de bico provocada pelo presidente Jair Bolsonaro. O governador do Distrito Federal, após uma reunião com o presidente nessa segunda-feira (20), resolveu avaliar a reabertura das escolas cívico-militares.

A promessa de avaliação do pedido foi o estopim para reação de pais e mães como revela reportagem do Jornal de Brasília. O pedido de retorno às aulas nestas unidades de ensino foi feito ao governador pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que pretende autorizar na próxima semana a retomada das aulas nas unidades militares sob seu comando.

CED 01 da Estrutural, uma das escolas públicas do DF onde foi implementado o modelo cívico-militar. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para que seja possível abrir as escolas no DF, o governador Ibaneis disse estar discutindo com sua equipe medidas de segurança para os cerca de 15 mil alunos das escolas cívico militares e militares e de suas famílias, podendo ultrapassar 30 mil pessoas que a partir da medida poderão estar mais vulneráveis ao coronavírus.

Testagem em massa

Nesta terça-feira (21) a Secretaria de Saúde do Distrito Federal começou a testagem em massa para o novo coronavírus na população do Distrito Federal (DF) por meio do serviço de drive-thru. A ideia de adotar essa maneira é para evitar aglomerações e reduzir a transmissão do coronavírus.

O governador do DF, Ibaneis Rocha, disse em entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília que o DF já está trabalhando com 15 mil testes em estoque. “Nós tínhamos uma média de 600 testes diários, estamos subindo para mil testes diários, e querendo chegar, na próxima semana, com 1,5 mil testes diários e ir ampliando de 500 em 500 até chegar em 3 mil testes diários até o final do mês”, explicou o chefe do Executivo.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Ibaneis explicou que a medida de testagem em massa dará maior segurança e possibilitará a determinação de medidas futuras.

“A ideia é chegar até o final do mês de maio , que é quando pretendemos abrir as escolas e retomar o serviço público como um todo, com cerca de 400 mil testes. Aí vamos ter em torno de 15% da população do DF testada”, afirmou ao JBr.

No início da tarde desta terça-feira (21), também em entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, disse ser prazeroso participar da equipe da secretaria na capital. Durante a pandemia de coronavírus no Distrito Federal, o secretário disse ficar “inquieto” quando vê “qualquer estrutura que não funcione a altura de que a população precisa” e que está trabalhando para que isso seja garantido.

“Temos na casa em torno de 100 mil testes, iniciamos hoje e vai até sexta no fim da tarde. No sábado será feita reunião para apresentar o impacto e os locais foram escolhidos pela incidência. Testar em massa não é testar todo mundo, serve para dar segurança à população”, disse o secretário, em consonância com a fala do governador.

Apenas nesta terça-feira (21), foram realizados 1.818 testes para a doença no DF. Veja tabela:

Flexibilização do isolamento

Secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo. Foto: Vitor Mendonça/Jornal de Brasília

“A flexibilização precisa ser avaliada cautelosamente. Cada cidadão precisa ter cuidado. É preciso respeitar distância e o uso de equipamentos de proteção. O governo tem trabalhado muito para conscientizar a população”, explicou Araújo

Segundo ele, o movimento para achatar o gráfico de casos é manter a situação da mesma maneira. “O nosso trabalho, além de disponibilizar leito, é orientar a população para que o sistema de saúde não entre em colapso. Se depender de mim e da equipe de saúde, entre março, abril, maio e junho, o gráfico não terá um pico que deixe a população em risco altíssimo”, reforçou o secretário.

“Agora viu-se a importância do sistema público de saúde na população e tem nos ajudado muito. A atenção básica nas unidades de saúde estão funcionando mais e a gente sente isso”, completou.

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