O Hospital de Campanha de Ceilândia foi entregue à população na manhã desta quinta-feira (21), após cerca de quatro meses de atraso. O governador Ibaneis Rocha esteve na solenidade e justificou a demora na inauguração.
“Eu devo, ainda, à imprensa e à população, uma explicação em relação ao atraso dessa obra”, declarou o governador. Ibaneis afirmou que o alto preço de itens necessários para a construção prolongou a obra.
“Nós tivemos um período de dificuldades no que diz respeito à aquisição de materiais. Toda a imprensa noticiou a dificuldade em virtude da covid, os aumentos que nós tivemos de ferro, a escassez de cimento… tudo isso ocorreu no final do ano passado, inclusive no que diz respeito à mão-de-obra, e a empresa nos colocou essas dificuldades”, explicou o governador.
Promessas
Além de justificar o atraso, Ibaneis fez algumas promessas em relação à saúde. Prometeu, por exemplo, tornar definitivo o Hospital de Campanha após a pandemia da covid-19. O governador também afirmou que “hoje, não existe desabastecimento nas UPAs do Distrito Federal” e projetou: “Vamos entregar ainda mais quando nós partimos para o processo de construção de mais 7 UPAs e 35 UBSs.”
“Nós vamos entregar, ainda neste ano, mais duas obras de saúde aqui em Ceilândia.”
O chefe do Executivo também frisou que muitos equipamentos do hospital são oriundos do Hospital de Campanha do Mané Garrincha, já desativado. Prometeu, ainda, usar os materiais em outras unidades de saúde da capital. “Nós temos responsabilidade com o trabalho que nós fazemos.”
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, agradeceu aos diversos envolvidos na construção e inauguração do hospital. Osnei comemorou o fato de, na última sexta-feira (15), o índice de transmissão da covid-19 no DF ter caído para 0,84%, mas pediu que a população mantenha os cuidados, sobretudo com os idosos. Salienta-se que as pessoas com mais de 75 anos seriam vacinadas nesta semana, mas as poucas doses da Coronavac que chegaram à capital fizeram a Secretaria de Saúde realocar este grupo de pessoas para a segunda etapa da vacinação.
Sobre o hospital
Com 60 leitos, sendo 40 de de enfermaria e 20 de unidade de terapia intensiva (UTI), o Hospital de Campanha de Ceilândia foi, enfim, entregue à população. Já há pacientes internados na unidade.
A equipe do hospital de campanha será composta por 20 médicos, 41 enfermeiros e 160 técnicos de enfermagem, além de profissionais de nutrição, fonoaudiologia e bioquímica, dentre outros.