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Brasília

Ibaneis assina contrato de concessão do Estádio Mané Garrincha

Ibaneis destacou sua preocupação em cooperar com agentes do setor privado como forma de fomentar o empreendedorismo e combater os índices de desemprego

Aline Rocha

26/07/2019 16h00

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Aline Rocha e Lucas Neiva
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Nesta sexta-feira (26) foi assinado o contrato que concede ao consórcio Arena BsB a gestão do Centro Esportivo de Brasília (ArenaPlex), atualmente gerido pela Terracap. O complexo abrange o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho. O contrato, além de prever reformas e maior uso da atual estrutura, também prevê a construção de um centro de convivência e lazer na região com comércio, teatros, cinema e outras opções de entretenimento.

O objetivo do contrato, de acordo com o governador Ibaneis Rocha, é tanto transformar Brasília em uma referência em turismo quanto gerar empregos e renda para a população. “Esse é um projeto para colocar Brasília no cenário internacional, e transformar em um hub de turismo”, disse o governador durante a cerimônia. “Queremos que as pessoas se orgulhem da nossa capital.

Ibaneis aproveitou a cerimônia para destacar sua preocupação em cooperar com agentes do setor privado como forma de fomentar o empreendedorismo e combater os índices de desemprego, lançando sua máxima “o governo é para os pobres. Para os ricos, basta não atrapalhar. Temos que parar de atrapalhar quem quer empreender na nossa cidade, pois na outra ponta está quem precisa de emprego”.

O governador também lançou críticas severas às ações do Ministério Público: “Eu vejo toda hora ações do Ministério Público e de grupos que querem atrapalhar o desenvolvimento. Hoje mesmo está acontecendo uma reunião do Ministério Público por conta dos decibéis do Na Praia. E quantas pessoas não estão lá trabalhando? Quantos empregos não estão sendo gerados? Quanto de renda não está sendo feita? Vamos trabalhar dentro da legislação, isso eu estou dentro. Mas não podemos parar a cidade por conta da legislação. Precisamos lembrar que muitas pessoas estão passando fome, sem conseguir sustentar suas famílias”.

Ainda na cerimônia, Ibaneis também criticou a política de tombamento da cidade pelos obstáculos gerados nas reformas desejadas: “Temos que parar com essa hipocrisia de que Brasília está tombada e que, em virtude do tombamento, temos que continuar deixando nossas famílias passando fome. Temos que desenvolver com harmonia, com respeito ao meio ambiente e ao que foi construído no passado. Isso eu concordo, mas não posso concordar em, em nome disso, deixar a cidade viver atrasada”, finaliza.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Grandes eventos

Por causa da concessão, Brasília poderá ser incluída no circuito nacional de grandes eventos. A expectativa é que venham para o Mané Garrincha jogos de futebol de relevância, além de shows nacionais e internacionais. Já o Ginásio Nilson Nelson deve passar por processo de adequação e modernização das instalações e poderá ser palco para partidas de vôlei e basquete, shows e espetáculos com públicos entre 10 e 15 mil pessoas. 

O Cláudio Coutinho manterá o programa de utilização social. O complexo recebe, atualmente, mais de 3 mil crianças e adolescentes que praticam natação, polo aquático, salto ornamental, karatê, judô e deep water. A ideia, agora, é promover a massificação do acesso ao esporte e sediar campeonatos regionais e nacionais de esportes aquáticos. 

Durante o período de concessão, que será de 35 anos, o governo poderá arrecadar mais de R$ 3 bilhões, incluindo tributos pagos pelo Arena BsB e os incidentes sobre a receita da Arena Boulevard. Deverão ser gerados, ao todo, 4 mil empregos diretos, o que somará no cofres públicos, com a dispensa da manutenção do Centro Esportivo, cerca de R$ 13 milhões ao ano. 

A expectativa, durante o período de uso do complexo, é de que o Arena BsB invista em revitalização e reformas pontuais, contando com paisagismo e adequações de equipamento e estacionamento, com mais de R$ 700 milhões. Serão repassados, também, R$ 150 milhões em outorga à Terracap, já que o consórcio terá prazo de carência de cinco anos para realização das obras, além do repasse de 5% do faturamento líquido.

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