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Brasília

Hospital Regional de Sobradinho zera fila de pacientes com câncer urológico

Modernização no sistema de fila e chegada de três profissionais da saúde foram fundamentais para fim da espera

Willian Matos

09/07/2019 11h53

Atualizada 12/07/2019 8h11

saúde

Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

Willian Matos
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113 pessoas com câncer urológico que aguardavam por uma cirurgia foram atendidas neste ano no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). A informatização da fila de espera, aliada à chegada de profissionais da sáude, foram fundamentais para acabar com a fila de pacientes. Os profissionais chegados são um cirurgião e dois anestesistas. Eles ingressaram no HRS no início do ano.

O último que fez o procedimento foi o pedreiro Gabriel Gonçalves, 59 anos, que, agora, está em recuperação no HRS. “Há dois anos e meio eu precisava fazer essa cirurgia, mas não tinha como fazer na rede particular. Aguardei um ano no Sistema Único de Saúde até ser atendido. Agora, me sinto bem, e estou muito satisfeito com o atendimento e a equipe médica. Valeu a pena”, avalia Gabriel.

Segundo a gerente de Assistência Cirúrgica do HRS, Talita Bringel, todos os pacientes que esperavam por uma cirurgia oncológica na Urologia da unidade foram atendidos este ano. “Conseguimos zerar a fila de câncer [urológico]. Os pacientes que nos procuraram já estão com tratamento cirúrgico feito, e esses são justamente os que não podiam esperar mais”, afirma.

“Tudo foi realizado de forma muito transparente, com consultas, exames laboratoriais e de imagem, e procedimentos regulados, permitindo um acesso mais rápido e a horizontalização das linhas de cuidados”, destaca o superintendente da Região de Saúde Norte, Ricardo Mendes.

Melhorias

Para conseguir esse feito, o hospital precisou passar por algumas mudanças. Além do reforço de profissionais, a fila de espera foi informatizada, com a possibilidade de a equipe ter acesso a ela até por smarthphone.

“Deixamos a fila mais organizada e informatizada. Isso ajudou a conhecermos os pacientes com tem tumor e a colocá-los como prioridade na fila. O fato de termos mais pessoas e operar com mais frequência também foi determinante para conseguir zerar essa fila. Agora, operamos duas vezes por semana, toda quarta e sexta-feira”, informa o urologista Carlos Andrade.

O médico lembra que, ano passado, não tinha, durante semanas, operações desse tipo, por falta de profissionais de saúde. “Acumulou, nos últimos anos porque, antes, não havia uma constância na sala cirúrgica. Faltava anestesista, técnico, instrumentos. Mas tendo nas salas os profissionais, conseguimos dar vazão aos casos com tumores”.

O superintende Ricardo Mendes ressalta: “Com a dedicação de uma equipe multidisciplinar e a otimização de salas de centro cirúrgico, de leitos de internação e de consultas ambulatoriais, o Hospital Regional de Sobradinho conseguiu zerar a fila”.

Consultas

De acordo com Mendes, do início de janeiro até 31 de maio, foram realizadas 1.598 consultas na Urologia do HRS, envolvendo todo tipo de caso. “Como recebemos mais médicos, conseguimos abrir ofertas para consultas ambulatoriais, todas reguladas. Podemos dizer que foi um recorde, porque foi, aproximadamente, o dobro da média de consultas que fizemos no mesmo período do ano passado”, informa.

Próximo passo

Com a fila zerada para câncer, o próximo passo, na Urologia do HRS, é dar vazão aos pacientes com Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), caracterizada pelo aumento da glândula da próstata associada à idade, que pode causar dificuldades para urinar. Atualmente, são 106 pacientes na fila para esta cirurgia.

“A maioria desses pacientes usa sonda e isso diminui a qualidade de vida. Agora, vamos tentar otimizar essa fila, para que eles não precisem mais da sonda. Mas, se aparecer um paciente com câncer, a prioridade será dele”, explica a gerente de Assistência Cirúrgica do HRS, Talita Bringel.

Com a informatização da fila, o urologista Carlos Andrade ressalta que será mais fácil fazer uma análise dos pacientes que estão com sonda para, então, serem operados. “Consigo saber quem são eles, qual o diagnóstico, quantos são. Tudo de um jeito mais prático e rápido”.

No HRS, a demanda total para procedimentos urológicos, de várias naturezas, que não envolvem tumores, tem 268 pacientes na espera.

Tipos

Entre os tipos mais comuns de câncer urológico, existem alguns com maior taxa de incidência. Entre eles, é possível citar o de bexiga, rim e o mais diagnosticado entre os homens, que é o da área da próstata. Além dos tumores citados, entre outros tipos estão o câncer nos testículos, no pênis, na pelve, entre outros. Com informações da Agência Brasília

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