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Brasília

Hospital de Taguatinga otimiza atendimento com sala de medicação

Atender o paciente na sala específica para medicação na veia tem aumentado o giro de leitos e reduzido o tempo de permanência do paciente

Willian Matos

16/07/2019 11h27

Foto: Agência Brasília

Willian Matos
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A sala de medicação-dia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que aplica doses endovenosa (na veia), tem otimizado o atendimento na unidade. Atender o paciente no local aumenta o giro de leitos, reduz o tempo de permanência no local, entre outras melhorias.

Em dois anos e seis meses, foram realizados 12.150 atendimentos, liberando 8.862 leitos-dia, o que resulta em uma economia de cerca de R$ 62 milhões para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Idealizadora do projeto, a médica infectologista Heloisa Ravagnane explica que a iniciativa surgiu da necessidade do giro de leitos em alguns setores do hospital, em especial naqueles onde havia pacientes que ficavam internados apenas pela necessidade de aplicação de antibióticos.

“Inicialmente, fizemos este trabalho visando o pronto-socorro e a Ortopedia, porque os pacientes ficavam internados só para tomar antibiótico. A ideia era realizar a visita na Ortopedia para diagnosticar os pacientes estáveis que poderiam tomar o medicamento oral, liberando o leito para aqueles que viessem do pronto-socorro, aumentando a rotatividade de leitos”, explica a superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Lucilene Florêncio.

Bons resultados

Nesses dois anos de atividades, foram realizados 12.150 atendimentos, sendo que, desses, 8.684 foram destinados ao recebimento de antibióticos. O segundo medicamento mais procurado foi o Noripurum (reposição de ferro), com 1.482 atendimentos.

De acordo com a médica, os valores pagos pelo Ministério da Saúde, tabelados, chegam a aproximadamente R$ 0,62 por medicação, seja antibiótico ou dipirona. Com isso, para calcular os valores economizados com a implantação da sala de medicação, Heloisa considerou algumas possibilidades.

“Posso dizer que foram 12.150 fichas de pronto-socorro a menos, porque esses pacientes já não passam mais pelo médico como antes. Ou posso fazer um cálculo, por exemplo, quando um leito de UTI é judicializado e o paciente vai para um hospital privado e o custo gira em torno de R$ 7 mil”, calcula Heloisa. “Se, para antibiótico, eu usei esse tanto de atendimento (8.684), e se eu fizer essa multiplicação, teremos R$ 62 milhões economizados no período. Só com uma salinha e com os funcionários”, avalia.

Inicialmente pensada para atender à demanda de aplicação intravenosa de antibióticos, a sala de medicação-dia ampliou, ainda no primeiro mês, a oferta de medicamentos, possibilitando que também as unidades básicas de saúde da região pudessem encaminhar os pacientes diretamente para tomar a medicação necessária.? Com informações da Agência Brasília

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