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Brasília

Hospital de Base comemora transplantes e doação de órgãos

Neste ano, já foram realizados 74 transplantes de pacientes, bem como doação de 187 órgãos

Willian Matos

27/09/2019 11h19

Da redação
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O Instituto Hospital de Base (IHBDF) comemora marcas importantes para a unidade alcançadas em 2019. De janeiro para cá, foram realizados 74 transplantes de pacientes, além de 187 doações de órgãos.

Dos 74 transplantes, 13 são de rim e 61 de córnea; os órgãos doados se dividem entre 70 rins, 46 córneas, 39 fígados e 32 corações. O levantamento marca esta sexta-feira, 27 de setembro, quando é comemorado 22 anos do Dia Internacional do Doador de Órgãos e Tecidos (Lei 9434/97).

A chefe da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Hospital de Base, Viviane Marçal, os números destes nove meses de 2019 já ultrapassam o registro do ano passado. “A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, muitas vidas são salvas por esse gesto altruísta. A conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos é fundamental para melhorar a realidade dos transplantes no país. O transplante pode salvar vidas, no caso de órgãos vitais como o coração, ou devolver a qualidade de vida, quando o órgão transplantado não é vital, como a córnea”, ressaltou.

Foto: Divulgação

Tipos de doadores

Viviane explicou que há dois tipos de doadores de órgãos: doador vivo e doador falecido. O primeiro exemplo é caracterizado por uma pessoa que concorde com a doação de um dos seus rins ou parte do fígado, da medula óssea e parte do pulmão; no segundo tipo, um paciente com diagnóstico de morte encefálica ou morte por parada cardíaca, com doação autorizada pela família.

Para ser doador, nos casos em que há o falecimento, basta informar a família da vontade de doar, pois somente a família pode autorizar a doação dos órgãos após o diagnóstico de morte encefálica ou falecimento causado por parada cardíaca. No caso de morte encefálica, cada doador pode salvar até oito vidas. “A doação pode acontecer com pacientes que tiveram parada cardíaca para córneas, pele e ossos. Já em caso de morte encefálica, é possível doar coração, fígado, pulmões, pâncreas, intestino, rins e vasos”, esclareceu a chefe do CHIDOTT.

Viviane garante que a doação de órgãos por pessoa falecida é totalmente segura. No caso de morte encefálica, o paciente é avaliado por, pelo menos, três médicos, sendo que é necessária a realização de três exames obrigatórios para constatar a morte do cérebro. Após o diagnóstico, a família é informada do diagnóstico por uma equipe capacitada e é consultada sobre o interesse em ajudar outras pessoas. Se houver consentimento, a captação é realizada em um centro cirúrgico e os receptores que aguardam em uma fila única do Sistema Nacional de Transplantes são avisados dos órgãos disponibilizados.

Caso não haja receptor compatível dos órgãos no DF, o órgão é cedido para pacientes de outros estados. Entre os órgãos mais difíceis de encontrar doadores aptos a receber é o de rim e a medula óssea, já que além de ter a mesma classificação sanguínea ABO é necessário verificar compatibilidade genética.

“É uma corrida contra o tempo para salvar outra vida, porque os órgãos devem ser implantados, como é o caso do coração, que só pode ser implantado no prazo máximo de quatro a seis horas”, destacou.

Workshop

Nesta sexta (27), o Hospital de Base promoveu o “II Workshop Quantas vidas cabem em um SIM? Doe órgãos, doe vida”. A ação teve como objetivo a sensibilização quanto à necessidade de abertura de protocolo para doação de órgãos, com entrega de material para as equipes. Também houve distribuição de laços verdes para as equipes para lembrança da data.

Foto: Divulgação

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