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Brasília

Hospital da Criança adquire 11 óculos de realidade virtual para auxiliar durante tratamentos

Utilização do equipamento, que chegou nesta semana para os pequenos pacientes, está sob análise na unidade

Redação Jornal de Brasília

19/10/2020 18h59

Foto: Breno Esaki

Cerca de 11 óculos de realidade virtuais foram adquiridos pelo Hospital da Criança de Brasília para auxiliar no tratamento dos pequenos pacientes internados. Com isso, as crianças estão experimentando uma nova forma de entretenimento. Os aparelhos, devidamente higienizados, são disponibilizados por uma equipe que percorre toda a ala de internação.

Os equipamentos foram levados recentemente ao hospital e são avaliados pelo departamento médico responsável a partir da reação dos pacientes. Nesta semana foram disponibilizados dois filmes, um de temática mais infantil e outro de aventura. Ambos serão exibidos de acordo com a faixa etária dos pacientes.

Ana Júlia Araújo cuidava da sua filha de cinco anos, Maria Alice, quando foi surpreendida com a chegada dos profissionais com óculos de realidade virtual. De início a pequena paciente se mostrou curiosa, mas não quis experimentar o equipamento. A mãe, por sua vez, não poupou elogios às iniciativas para entreter as crianças.

“Tem esse apoio humano para eles [os pacientes] não ficarem focados nesse ambiente de hospital”, resume Ana Júlia.

Diferentemente de Maria Alice, o pequeno Gabriel, de 10 anos, curtiu muito a experiência. “Eu gostei mais da parte do tubarão. Eu passei a mão nele”, relatou o paciente, que passou por uma uma cirurgia e está internado há cinco dias, à espera da alta médica. Ao seu lado, a mãe Edilaine Teles comenta que o filho “adora essas coisas diferentes e aqui ele está tendo muita distração no hospital”.

Os equipamentos foram disponibilizados por uma Organização Não Governamental de São Paulo após contato de profissionais do hospital para obter informações sobre o projeto. De acordo com a coordenadora do corpo clínico, Estefânia Rodrigues Biojone, a ideia surgiu em 2019 e se fortaleceu neste ano, com a pandemia, que limitou o acesso das crianças às opções de entretenimento disponíveis na unidade.

“Antes da pandemia a gente tinha ‘Os doutores do riso’, ‘Sinfonia da Saúde’ e outros projetos, então a gente tinha meio que uma programação cultural. Também tem o ‘Espaço Brincar’, que ficou muito tempo fechado e foi reaberto há 15 dias com limitações”, conta a médica.

A coordenadora já planeja as próximas utilizações dos óculos recebidos. Existe a possibilidade de disponibilizar o equipamento para pacientes no pré-cirúrgico – como relaxamento nos momentos em que os profissionais forem realizar o acesso à veia do paciente, por exemplo – e outros procedimentos que possam gerar tensão às crianças. “O campo de ação para essa ferramenta vai muito além”, resume Estefânia.

As informações são da Agência Brasília

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