Com o objetivo de atender cada vez melhor os pacientes com coronavírus, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai investir mais R$ 79 milhões na contratação emergencial de 197 leitos para o Hospital de Campanha no Mané Garrincha, por meio do Sistema de Gestão Integrado. Ao término da pandemia, todos os bens e equipamentos contemplados em contratos serão incorporados ao patrimônio da Pasta.
No contrato estão a locação de equipamentos, gerenciamento técnico, assistência médica multiprofissional de forma ininterrupta, com manutenção e insumos necessários para o funcionamento dos equipamentos médicos, computadores e impressoras. Além do atendimento dos pacientes (medicamentos, materiais, alimentação).
Ao todo, serão 173 leitos de enfermaria adulto (enfermarias), mais 20 de suporte avançado (UTI) e quatro de emergência (sala vermelha) a serem estruturados no Hospital de Campanha. O prazo do contrato é de 180 dias, podendo se estender por mais tempo, a depender dos rumos da pandemia do coronavírus e da necessidade de utilização.
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde
Retorno
Ao contrário do que está ocorrendo em outros estados brasileiros, onde estão sendo construídos hospitais de campanha, apenas para suprir a necessidade dos pacientes contaminados pelo coronavírus, o Governo do Distrito Federal pensou além da pandemia.
Com isso, terá o retorno de seu investimento nas unidades construídas para atender pacientes com Covid-19, pois ao final do contrato com a empresa, os bens e equipamentos contemplados serão incorporados ao patrimônio da Secretaria de Saúde e passarão a ser propriedade da pasta.
Com essa mesma ideia, o governador Ibaneis Rocha anunciou a construção de um hospital de campanha em Ceilândia, que será transformado em hospital materno-infantil quando a pandemia acabar. Este novo hospital de campanha terá 60 leitos no total, sendo 40 de enfermaria e 20 de UTI. O valor da obra está estimado em 15,5 milhões e a previsão de entrega é de 40 dias.
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde
Ceará
Apesar do alto investimento, a Secretaria de Saúde do DF ainda está gastando bem menos com a pandemia que outros estados. No Ceará, por exemplo, somente o hospital temporário que está sendo montado no Estádio Presidente Vargas (PV), em Fortaleza, deve custar aos cofres públicos um total de R$ 95,9 milhões. Além dessa unidade, o estado cearense pretende construir mais hospitais de campanha em outras cidades mais afastadas da capital.
São Paulo
O governo estadual paulista fez um repasse de R$ 319 milhões para mais de 500 municípios do estado investirem em montagem e operação de hospitais de campanha, compras de EPI’s e insumos necessários . Depois disso, João Doria anunciou o repasse de R$ 50 milhões à Prefeitura de São Paulo para co-financiar a estruturação dos hospitais de campanha da capital, que servirão para tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Somente a estrutura do hospital de campanha de Heliópolis custou R$ 30 milhões. Já o hospital de campanha do Complexo Esportivo do Ibirapuera teve investimento de R$ 12 milhões na obra e custeio de R$ 10 milhões mensais. Todas essas estruturas serão desmontadas após a pandemia.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) saiu vencedor na licitação para a construção de seis hospitais de campanha, num investimento público global de R$ 835 milhões. O Iabas foi selecionado para construir hospitais de campanha nos seguintes locais: Maracanã; Duque de Caxias; São Gonçalo; Nova Iguaçu; Campos e; Casimiro de Abreu.
Já os dois hospitais de campanha construídos no Leblon e na Barra da Tijuca receberam o investimento total de R$ 95 milhões, incluindo construção e operacionalização. As unidades foram construídas com recursos de um grupo de empresários, liderados pela Rede D´Or São Luiz.
