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Brasília

Homem que agrediu mulher por 18 dias seguidos tem prisão preventiva decretada

Crime aconteceu em Ceilândia. Mulher vinha sendo agredida com socos e barras de ferro desde a noite de Natal. Agressor compartilhava com os amigos os vídeos das torturas

Willian Matos

12/01/2020 19h19

Atualizada 13/01/2020 8h04

O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) converteu em preventiva a prisão do homem acusado de encarcerar e torturar a companheira por 18 dias consecutivos em Ceilândia. A Justiça levou em consideração o fato de o agressor estar cumprindo prisão domiciliar, além de ter passagens pela polícia por roubo e homicídio.

“O autuado é reincidente, ostentando condenações definitivas por delitos de roubo e homicídio, sendo que teria, em tese, cometido o delito em análise quando ainda em cumprimento de pena, em gozo de prisão domiciliar”, declarou o juiz substituto Felipe Figueiredo de Carvalho em audiência de custódia.

O magistrado não deixa de ressaltar que os crimes cometidos pelo acusado “são de extrema gravidade”, e que ele submeteu a vítima a “violência e restrição da liberdade”.

Foram deferidas medidas protetivas de urgência em favor da mulher agredida.

O caso

Um crime de tortura em Ceilândia veio à tona no último sábado (11). Após investigações da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), descobriu-se que um tatuador vinha agredindo a namorada com socos, barras de ferro e outros objetos desde o dia 24 de dezembro de 2019, véspera de Natal. O torturador não só batia, mas filmava todas as ações e mandava para amigos, com dizeres como “Olha aí como é que eu trato uma mulher” “assim que se trata!”, “comigo não pode brincar”.

Do dia 24 até então, o homem manteve a mulher presa dentro da própria casa — a residência é dela e, há cerca de dois meses, ele saiu de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos e pediu para morar com ela, que abriu as portas na intenção de ajudá-lo. 

A Polícia Militar (PMDF) chegou a ir à casa algumas vezes, mas, quando batia no portão, a vítima não conseguia responder porque estava amarrada e amordaçada.

Vítima acumula hematomas por todo o corpo. Foto: Reprodução

Uma testemunha importante nas investigações foi a ex-mulher do agressor. Para se vangloriar, ele enviou a ela algumas imagens da atual após as agressões, segundo apurações da Polícia Civil (PCDF). A ex se compadeceu e denunciou o caso às autoridades. Na última sexta (10), o homem foi preso.

Agora, o agressor responderá pelos crimes de tortura, ameaça e cárcere privado. A 15ª DP cuida do caso.

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