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Brasília

Professores ocupam Eixo Monumental e ameaçam greve de fome

Arquivo Geral

11/04/2017 12h26

Breno Esaki

Há 28 dias em greve, os professores tornaram a ocupar o Eixo Monumental nesta terça-feira (11). A categoria se reuniu em frente ao Palácio do Buriti ao longo da manhã e, por volta das 11h30, seguiu em direção à Catedral Metropolitana de Brasília. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1 mil manifestantes participam do ato.

Na Catedral, docentes se acorrentaram aos pés das esculturas de concreto e decretaram greve de fome até que o Governo do Distrito Federal atenda as reivindicações da categoria, que exige reajuste salarial de 18%, além de aumento no valor do tíquete alimentação, pagamento de licenças-prêmio em atraso e a última parcela do aumento concedido em 2013.

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O governo, no entanto, afirmou que contará com até R$ 100 milhões para atender reivindicações. A quantia deverá ser aplicada em pagamentos de pecúnias, como licenças-prêmio, mas não inclui aumento de auxílio-alimentação ou saúde, que compõem as reivindicações dos docentes. O pagamento, inclusive, dependerá da disponibilidade de caixa do Tesouro. “O governo espera que a parcela de professores que ainda permanece em greve retorne imediatamente às salas de aula”, diz documento divulgado pelo GDF.

Professora da Escola Classe 08 do Cruzeiro, Maria Alves Rodrigues, afirma que o governo trata com descaso a educação no DF. “Estamos tentando abrir as negociações. Não estamos fazendo greve por aumento, só queremos que o governador cumpra com as leis. Somos a categoria que menos recebe no país”, conta a professora que faz greve de fome pela terceira vez.

Tadeu Freire também faz greve de fome pela terceira vez e conta que esta greve é diferente das outras 25 da qual participou. “Essa greve tem uma dimensão política, não estamos lutamos no aspecto local.Tem a questão da previdencia, da flexibilização das relações trabalhistas que atinge toda a população brasileira. Estamos diante de um quadro de voltarmos quase a escravidão”, diz o professor de 48 anos.

A deputada federal Erika Kokay esteve no ato representando uma equipe de parlamentares da Câmara. “Estamos nos colocando à disposição para tomar todas as ações necessárias a respeito dos professores”.

Trânsito

Com a passeata, três faixas da via S1 foram desviadas, deixando o trânsito bastante complicado.

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