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Brasília

Grupo teria embolsado R$ 55 milhões com fraudes em licitações no DF

Arquivo Geral

15/02/2019 16h03

Foto: Josemar Gonçalves/Cedoc/Jornal de Brasília

Rafaella Panceri
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A Polícia Civil do DF (PCDF) deflagrou a segunda fase da Operação Monopólio, cujo objetivo é combater fraudes em licitações públicas realizadas pelas administrações regionais do Distrito Federal. As investigações indicam que empresas teriam combinado a participação em seleções públicas para realizar construções milionárias. O grupo teria movimentado cerca de R$ 55 milhões.

As equipes, desde as primeiras horas desta sexta-feira (15), deram cumprimento a oito mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e um flagrante por porte ilegal de arma de fogo, além da apreensão de R$ 13 mil.

Os mandados foram cumpridos nas sedes de duas empresas e nas residências de sócios, situadas no DF. Até o início da tarde, equipes policiais ainda realizavam diligências para localizar um foragido.

Buriti aposta em compliance
Em entrevista coletiva no Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha (MDB) comentou sobre o trabalho da PCDF. Ele afirmou que a preocupação com a corrupção se traduziu na criação de uma área de auditoria dentro de todas as secretarias do governo.

“Nossa controladoria está atuando, mas sabemos que a criatividade do ser humano é muito grande e vamos ter que apertar isso aí. Nossa compliance está trabalhando forte e acho que compliance tem que ser tanto do empresariado quanto do governo”, declarou.

No setor público, compliance pode ser entendida como as ferramentas criadas para agir de acordo com os limites da lei e com responsividade.

“Nós estamos buscando fazer a nossa parte. Sabemos que essa cultura não muda tão rápido. Vamos ser duros no combate à corrupção. Onde estou encontrando estou abrindo processos e encaminhando para a Polícia. Ainda teremos muitas novidades em relação a isso no DF”, frisou Ibaneis.

Primeira fase
Na primeira fase da Operação Monopólio, deflagrada em 26 de julho de 2018, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão temporária (prazo de cinco dias), expedidos em desfavor de empresários, “testas de ferro” e funcionários de administrações regionais do DF.

Em 2018, obras malfeitas espalhadas por todo o DF tiveram os responsáveis apontados pela Polícia Civil. As construções foram realizadas por empresas que participavam, à época, de um esquema de monopólio e fraudes em licitações dentro de administradores regionais.

A ação era encabeçada pelo ex-gestor de Taguatinga Márcio Hélio Guimarães, que já era suspeito das irregularidades, e atuaria há sete anos. Somente no período do então último governo, foram gastos R$ 11 milhões em 13 contratos.

Saiba Mais
A ação desta sexta-feira (15) faz parte da PCDF em Combate, um conjunto de operações com foco na repressão ao crime. A iniciativa acontece em todo o DF e vai até o Carnaval.

Responsável pelas atividades, a Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Cecor/Dicap) agiu em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

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