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Brasília

Grupo Sabin negocia com parceiros internacionais compra de vacinas contra coronavírus

De acordo a ABCVAC, se a vacina da Índia for aprovada pela Anvisa, a disponibilização do imunizante poderá começar em março

Catarina Lima

05/01/2021 5h20

A respeito da aquisição da vacina contra coronavírus pelas clínicas particulares, o gupo Sabin, um dos maiores da cidade em medicina diagnóstica e vacinação, informou que “está mantendo conversas com diversos fabricantes no entendimento de que, dentro do contexto de saúde suplementar, haverá necessidade de apoio dos entes privados no momento adequado, respeitando as políticas públicas”. O grupo Sabin informou que os entendimentos não estão restritos à vacina indiana. A empresa está conversando com os seus parceiros no exterior fornecedores de imunizantes.

“Estamos acompanhando a evolução dos estudos clínicos sobre as vacinas contra o novo coronavirus e aguardando as diretrizes do Ministério da Saúde e a aprovação da Anvisa,” afirmou a empresa

A entidade disse, ainda, estar aguardando a disponibilização das vacinas no mercado para estabelecer quando adquirir e quantas doses podem ser oferecidas à população. Já a Imunocentro, outra clínica de Brasília especializada em imunização, informou que ainda não tem um posicionamento sobre a aquisição de vacinas contra o coronavírus.

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que reúne 200 entidades, está negociando a compra de cinco milhões de doses de vacinas contra coronavírus na Índia, a Covaxin, do laboratório Bharat Biotech. A entidade espera submeter o imunobiológico à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no mês de fevereiro e, se aprovado, iniciar a imunização em março. Hoje, do total de pessoas vacinadas no Brasil, 10% recorrem às clínicas particulares. Apesar das negociações em curso, o governo indiano afirmou que não permitirá a exportação da vacina contra a covid-19 antes que a sua população que tem prioridade na imunização seja vacinada. A ABCVAC, no entanto, disse que mesmo assim as negociações seguem.

O presidente da ABCVAC informou que as empresas solicitaram à entidade a compra de vacinas para imunizar trabalhadores e assim permitir o retorno ao trabalho. De acordo com nota da Associação, a Covaxin obteve no último dia 02 de janeiro recomendação para uso emergencial na Índia pelas autoridades daquele país. Na última fase de teste a Covaxin foi aplicada em 26 mil voluntários indianos. “Essa deve ser a primeira vacina disponível para o mercado privado brasileiro, por meio de um MOU (Memorandum of Understanding) assinado com a ABCVAC”, disse Geraldo Barbosa. As 200 associadas, que representam 70% do mercado privado nacional, terão prioridade na aquisição do imunizante.

Segundo Barbosa, a ideia é que a empresa disponibilize 5 milhões doses para o mercado privado brasileiro, que devem chegar em meados de março, a depender dos trâmites de aprovação das agências reguladoras. Dessa forma, a população não coberta pelo PNI terá acesso ao imunizante, o que fará com que o Brasil estenda a vacinação mais rapidamente.

“Inicialmente a notícia era de que as clínicas privadas brasileiras não teriam doses disponíveis, porém, com a entrada desse novo player no mercado, tivemos a oportunidade de negociação. Estamos muito felizes em ter a chance real de contribuir com o governo na cobertura vacinal, utilizando da saúde suplementar para desafogar os gastos públicos”, explica Barbosa.

A Bharat Biotech possui capacidade produtiva de 300 milhões de doses, que devem atender ao mercado interno indiano e também ao sistema público de saúde brasileiro, por meio de um protocolo de intenções firmado com o Governo Federal. A tecnologia de vírus inativo, utilizada pela Bharat Biotech no desenvolvimento da Covaxin, permite que o acondicionamento da vacina seja realizado entre 2° a 8°C. A previsão é de que seja lançada no mercado em fevereiro de 2021, e a projeção é de que sua validade contra a covid-19 seja de 24 meses.

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