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Brasília

Ocupantes da reitoria revelam pauta contra aumento no RU e demissões de terceirizados

Arquivo Geral

12/04/2018 16h44

Myke Sena

Rafaella Panceri
[email protected]

O prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB), no Campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, está com o segundo e terceiro pisos ocupados por estudantes desde o meio dia desta quinta-feira (12). O grupo, sem liderança identificada, protesta, dentre  outras coisas, contra o cortes no orçamento da instituição, que alega operar com déficit de R$ 92,3 milhões.

No começo da tarde, os alunos ergueram uma barricada com cadeiras e mochilas na entrada da rampa de acesso aos andares superiores e se recusam a conversar com a imprensa. A maioria dos estudantes está com rosto coberto. Eles tomaram o prédio após uma assembleia realizada no “Ceubinho”, como é chamada a área aberta do Instituto Central de Ciências Norte (ICC Norte).

Tentativa de diálogo

De acordo com chefe de gabinete da reitoria, Paulo César Marques, eles reivindicam uma reunião entre o Ministério da Educação (MEC), a Reitoria, o Ministério Público Federal (MPF) e a Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional. Marques informou que a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) cuida do assunto no âmbito Legislativo.

Para firmar o acordo, os estudantes teriam pedido à reitora Marcia Abraão que redigisse e assinasse um documento com esses detalhes. O teor do texto não foi divulgado à imprensa até por volta das 17h30, quando foi disponibilizado no Facebook em uma página supostamente gerida pelo grupo (veja abaixo):

https://www.facebook.com/ocupaunb/posts/1012807848869607

Os tópicos vão ao encontro do que vem sendo martelado e gritado pelos manifestantes desde a última quarta-feira (11), quando houve protestos em frente ao Ministério da Educação (MEC) e ocupação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Já indicamos a disponibilidade de que a reunião aconteça na próxima segunda-feira”, garantiu o chefe de gabinete da reitoria, Paulo César Marques, pouco após o começo do movimento no campus Darcy Ribeiro. “Falta a confirmação da comissão da Câmara”, explicou.

Os funcionários do prédio foram orientados a deixar o trabalho caso sentissem ameaça à integridade física. Até o momento, a Reitoria não acionou a polícia. Até o fechamento desta matéria, havia uma equipe de quatro vigilantes patrimoniais no edifício.

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