A Polícia Civil (PCDF) prendeu, na madrugada desta segunda-feira (9), um grupo especializado em roubos e furtos a cofres de empresas. A organização tem pelo menos sete anos de atuação; os integrantes são de Joinville-SC e se mudaram para o Entorno do DF há alguns anos.
Segundo investigações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), o grupo arrombava cofres usando serras circulares, marteletes industriais e furadeiras de impacto. Os integrantes também burlavam sistemas de segurança, como detectores de temperatura e de presença, usando guarda-sóis.
O grupo foi preso na BR-040, quando seguia, em três carros, em direção ao Jardim Ingá, município de Luziânia-GO, onde os integrantes se reuniam.
Casos
As investigações da PCDF começaram após um roubo ao mercado Super Adega, na unidade do Jardim Botânico, em 13 de janeiro deste ano. À época, os suspeitos renderam os vigilantes com armas de fogo e levaram R$ 121 mil do cofre da empresa.
Pouco mais de um mês depois, em 24 de fevereiro, o grupo agiu em um posto de gasolina de Santa Maria. Parte dos suspeitos abordaram os seguranças e tentaram abrir o cofre, enquanto outra metade vigiava tudo em um matagal da região. No entanto, ninguém conseguiu abrir o cofre, e os homens fugiram levando apenas o celular de um vigilante.
No dia 2 de março, há uma semana, o alvo foi a Pizzaria Dominus, do Jardim Botânico. Na ocasião, o grupo destruiu uma parede e conseguiu arrombar o cofre do local, mas só levou R$ 80.
Já na madrugada desta segunda (9), os acusados agiram novamente, desta vez em um supermercado no Gama. O grupo entrou pelo telhado, arrombou o cofre da empresa e levou cerca de R$ 52 mil, além de garrafas de uísque, energéticos, chinelos e desodorantes.
Família
Natural de Joinville-SC, a organização já havia sido presa em 2013 pela Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul (PCMS). No entanto, o grupo se manteve de pé, cometendo crimes nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás. Há alguns anos, os suspeitos se mudaram para o Entorno do DF, visando explorar a capital federal.
Dentro do grupo, há membros de uma mesma família. Pelo menos quatro deles são ligados pelos parentescos de pai e filho e tio e sobrinhos.
A operação, denominada Clypeus, é de responsabilidade da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) auxiliou na prisão.