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Brasília

Grileiros que invadiam área próxima ao Parque Nacional são presos

Criminosos invadiam a área para construir imóveis ilegais, fazendo instalações clandestinas de água e luz, dentre outros crimes

Willian Matos

27/06/2019 14h13

Foto: Reprodução

Willian Matos
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu membros de organização criminosa acusados de grilagem em área de proteção ambiental localizada entre a Cidade Estrutural e o Parque Nacional de Brasília. A Operação Sem Defesa cumpre cinco mandados de prisão preventiva expedidos pela 8ª Vara Criminal do Plano Piloto.

A Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística – Dema intermedia a operação. O grupo invadia a área, que é conhecida Setor de Chácaras Santa Luzia, ocupava as terras e procurava revender em seguida, fazendo ligação clandestina de água e luz. Eles ainda extorquiam os moradores que continuassem no local, cobrando taxas criadas por eles mesmos para benefício próprio. O espaço pertence à Floresta Nacional de Brasília — onde está situada a Água Mineral.

As investigações apontaram que manifestações contra derrubadas no local eram organizadas por eles mesmos. “O grupo criminoso foi o responsável por promover manifestações contra as inúmeras derrubas no local, tendo efetuado o fechamento do trânsito na Via Estrutural em março deste ano, com a construção de barricadas e queima de pneus”, destaca a delegada-adjunta da Dema, Mariana Almeida.

Ainda de acordo com a delegada, os criminosos recomendavam aos compradores para que construíssem os barracos após as ações estatais de derrubadas, para que assim pudessem dar continuidade às práticas delitivas em benefícios próprios, o que acabava agravando ainda mais os problemas ambientais no local.

Os criminosos passaram a cobrar taxas em 2017. A princípio, um valor de R$ 350 foi cobrado para um advogado. Em seguida, passaram a cobrar taxas pela água e luz que era captada de maneira clandestina. Com isso, moradores da invasão passaram a procurar a polícia relatando que, quem não anuísse o pagamento das taxas era expulso da invasão, com os pertences retirados e os barracos destruídos.

A líder da organização já foi envolvida em uma ocupação no Incra 9. De acordo com a PCDF, o grupo foi responsável por algumas manifestações, inclusive a que fechou a Estrutural com barricada de pneus. Além disso, os líderes estavam procurando se articular com outras lideranças para promover grande paralisação de vias importantes de acesso ao DF.

A ocupação já estava entrando no Parque Nacional. Os acusados responderão, também, por dano ambiental que causaram ao local, já que causaram prejuízo e contaminação aos mananciais de água e ocuparam local impossível de ser regularizada.

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