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Brasília

Greve ameaça faturamento do comércio no Dia dos Namorados e na Copa

Arquivo Geral

01/06/2018 15h30

Pedro Ventura/Agência Brasília

Rafaella Panceri
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O impacto da paralisação dos serviços de transporte no país chegou às 30 mil lojas do varejo no Distrito Federal. O prejuízo nas vendas de produtos, tanto em lojas de rua quanto em shoppings, é de 50%. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), Edson de Castro, a maior preocupação do setor é com produtos comemorativos da Copa do Mundo, que começa em 13 dias. Além disso, terá o Dia dos Namorados, que é comemorado dois dias antes.

O comércio vive uma “onda de pessimismo”, conforme o sindicato. O setor estimava um aumento médio de 4,5% no faturamento das lojas, antes da paralisação. Agora a previsão é de que os ganhos não passem de 2,5%, comparados ao mesmo período de 2017.

Os pedidos feitos a fábricas do país vão demorar a chegar a Brasília. Ainda de acordo com o presidente do Sindivarejista, os efeitos da greve serão sentidos até a próxima semana. “A preocupação da população ainda é com pão, carne e gasolina. E será assim até a próxima terça-feira”, analisa. “Perdemos para a greve, quanto para a batalha do dia dos namorados”, lamenta.

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Sem bola e sem camisa

A bola oficial da Copa e a camiseta oficial da Seleção ainda não chegaram a uma loja de esportes no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A paralisação dos caminhoneiros também afeta o e-commerce. “Nosso faturamento é muito baseado em vendas pela internet e todas as nossas entregas estão atrasadas. Os pedidos à fábrica também”, conta o gerente Eduardo Mendes.

Na última semana, o movimento foi fraco. “Estamos habituados a ver lotação nesse período, como foi na Copa passada. No último fim de semana, o que vimos foi o comércio do SIA vazio”, lamenta.

Estoque em baixa

Em uma loja de presentes do Shopping Conjunto Nacional, o estoque de produtos temáticos do Dia dos Namorados está incompleto. A supervisora Marcela Matos conta que parte das entregas foi feita antes de a greve começar.

O restante dos itens — álbuns de fotografia, jogos românticos, almofadas e canecas — está preso em um depósito de Florianópolis (SC). “A transportadora pediu 48 horas para regularizar o transporte, mas não temos garantia. Podemos ficar sem produtos para vender”, teme.

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