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Brasília

Grafite colore e dá vida às paradas de ônibus de Taguatinga

Artista morador da Ceilândia Norte pinta os pontos com mensagens de conscientização sobre feminicídio, violência, drogas, entre outros

Willian Matos

28/10/2019 9h39

Willian Matos
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Por iniciativa da Administração Regional de Taguatinga, as paradas de ônibus da região administrativa estão sendo revitalizadas por artistas do grafite (graffiti). As cores vivas dos desenhos tomam o lugar das pichações e das cores “pastéis” que ocupavam os pontos.

O responsável pela arte é o grafiteiro Fernando Cordeiro, conhecido como Elom. Ele é servidor da administração regional. O artista contou com auxílio da página QNL QNJ News para bolar as ideias antes de colorir as paradas. Os grafites abordam temas como feminicídio, suicídio, maus tratos aos animais, violência, drogas, entre outros.

Elom já grafitou cerca de 20 paradas neste ano. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Já foram revitalizados pontos de ônibus na M Norte, na QNG, na QNH, no Pistão Norte, na Nova QNL e na Avenida Hélio Prates. Elom já grafitou cerca de 20 neste ano. A ideia é que outros 30 sejam reformados até dezembro.

O material (latas de spray, tinta acrílica, entre outros) é doado pela comunidade. As pinturas levam, em média, de 6 a 8 horas para ficarem prontas.

Repercussão positiva

Para Elom, o reconhecimento é o maior prêmio pelos trabalhos. “Uma vez estava dentro do ônibus e vi uma pessoa comentando: ‘Pô, o cara arrebentou naquele grafite’. E era uma obra minha! Sinto-me muito feliz porque estou dando minha contribuição para a cidade. Além disso, a repercussão é positiva”, afirma o grafiteiro.

População passa pela parada e se surpreende com o local revitalizado. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Elom já contou com a parceria de outros grafiteiros para revitalizar as paradas. Scooby, Drop, Ataques, Aqez, Nativo e Paulo Órfão já trabalharam com o artista.

Fernando é grafiteiro há 20 anos. Morador da Ceilândia Norte, ele conta que a arte lhe ofereceu um caminho melhor, longe da criminalidade. “O grafite e o rap foram as oportunidades que tiver de conhecer mensagens positivas. Via DF Zulu, que era a inspiração do grafite no DF. Eu quis seguir os passos dele.”

Com informações da Agência Brasília

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