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Brasília

GDF tem um ano para disponibilizar aplicativo que informe horário dos ônibus

Arquivo Geral

29/12/2016 7h00

Atualizada 28/12/2016 21h25

Foto: Angelo Miguel

Jéssica Antunes
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Os brasilienses podem ter o transporte público do Distrito Federal na palma da mão em um ano. Isso porque o Governo de Brasília tem até 27 de dezembro de 2017 para lançar um aplicativo que informe, em tempo real, a situação das linhas de ônibus aos 600 mil passageiros. Por ele também será possível, aos órgãos controladores, monitorar e deliberar soluções para problemas identificados. A população espera facilidades, mas desconfia da implementação.

A lei que estabelece a norma foi publicada no Diário Oficial do DF na terça-feira passada, mas, segundo o secretário de Mobilidade Fábio Ney Damasceno, o projeto está encaminhado e estruturado. “O sistema estava previsto pelo Circula Brasília, que tem várias tecnologias a serem aplicadas, como wi-fi em todos os ônibus, o bilhete único e o GPS, que permite o sistema do aplicativo”, explica.

A ferramenta deve informar  dados como localização, itinerário, atrasos e acessibilidade.

A ferramenta, incluindo aplicativos para celular e tablets, deve informar de forma gratuita localização, itinerário detalhado, atrasos, acessibilidade do veículo, previsão de horário em cada parada da linha, entre outros dados.

Saiba mais

  • Pelo menos uma empresa, a viação Marechal, já disponibiliza wi-fi gratuito nos ônibus para os passageiros. A rede é aberta e não necessita de senha nos 461 veículos. Essa bacia do sistema de transporte público (número 4) atende parte de Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte do Park Way.
  • Em maio, o governador Rodrigo Rollemberg anunciou um pacote com 80 ações para melhorar o transporte no DF, batizado de Circula Brasília. O Programa de Mobilidade Urbana inclui a expansão do metrô e do Expresso Sul, o veículo leve sobre trilhos (VLT), a construção e reforma de terminais rodoviários, além da estruturação da rede cicloviária e de calçadas.

O secretário Fábio Ney Damasceno garante que o aplicativo será lançado em 2017. “Por enquanto, não temos previsão de custos, mas será próximo de zero. Temos apenas que desenvolver o software”, esclarece. Quando pronto, deve haver uma campanha educativa para incentivar o uso. “É preciso criar o hábito. Tenho experiências disso em outras cidades e aposto que será uma das ferramentas mais usadas pelos brasilienses”, espera.

Opção atual

Atualmente, passageiros têm ferramentas on-line – não oficiais – para descobrir o melhor trajeto e monitorar a chegada dos veículos. Uma delas é o aplicativo Moovit, usado também em outras capitais, que fornece informações das empresas e de usuários para formar o banco de dados. A Marechal e a Piracicabana oferecem dados em tempo real via GPS. Para as demais, são utilizados horários previstos pelo DFTrans.

Além de avisar quando o ônibus está chegando, o app permite descobrir o caminho mais rápido, se há necessidade de integração e o tempo de viagem. É possível emitir alertas, como mudanças repentinas de linhas, paradas inesperadas, acidentes ou trecho em obras.

“Nunca passa no horário”

Saber exatamente a hora que o ônibus vai passar no ponto pode melhorar a rotina do carpinteiro Daniel Felipe, 35 anos, morador de Sobradinho II. “Nunca passa no mesmo horário. Dizem que o coletivo circula em intervalos de 30 minutos, mas sempre tenho que esperar mais”, afirma o passageiro frequente.

Ele diz que baixaria o aplicativo para acompanhar, mas é desconfiado dos resultados: “Se funcionar, é bom, mas tem que ver na prática. Não confio antes disso”.

Também é com desconfiança que o recepcionista Adilson Linhares, 42 anos, recebe a notícia do prometido aplicativo. “Já vi em outros lugares. Funcionar, funciona. Tem que ver se aqui vai sair do papel”, afirma.

Para ele, nessa época do ano, quando se diminui o número de ônibus circulando pela cidade, seria essencial uma ferramenta que mostrasse horários claros: “É uma dificuldade grande, não sei bem o que fazer. Tem que ficar esperando até passar”.

Experiência

Estudante, Daniel Schmidt, de 24 anos, depende da previsão aproximada oferecida pelo Moovit. Ele tem o aplicativo instalado no celular, mas não confia tanto. “Tem uma taxa de falha de uns 10, 15 minutos de atraso”, conta.

Para ele, que mora em Planaltina, mas estuda e trabalha na Asa Norte, a implementação de um aplicativo oficial pode facilitar a vida de quem depende do transporte público. “Deve ter mais regularidade e controle das linhas”, opina.

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