Lucianna Rodrigues
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Localizada na MI 5 do Lago Norte, na orla do Lago Paranoá, surge um novo local para moradores desfrutarem das águas brasilienses. Habitado há mais de 15 anos sem nenhuma estrutura, hoje o espaço tomou forma. Agora quem o visita pode contar com banheiros, comércio alimentício, espaço para corrida e quadras.
A promessa é que até o fim do ano o espaço esteja totalmente finalizado, com passarelas suspensas, parques infantis, academia de idosos e estacionamento.
O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, disse que a iniciativa trata da valorização do Lago Paranoá em Brasília. “Esse é um projeto grandioso, que vai mudar a face da nossa cidade e vai virar a cidade para o Lago Paranoá. Ou seja, deixará de estar de costas para o Lago e todos vão poder usufruir disso aqui. Resgatar a ideia de Juscelino (Kubitschek) que criava espaços democráticos na nossa cidade”, destacou ele. Até o momento, segundo Sampaio, já foram investidos R$ 3 milhões no espaço, e que até o fim das obras a previsão é de que o custo total seja de R$ 10 milhões.
Além disso, o secretário afirmou que o local contará com a presença de policiais, Forças Armadas e dos bombeiros. A segurança dos visitantes estará garantida todos os dias. O espaço é aberto de segunda a segunda, 24 horas. Ainda, o governo promete aumentar a quantidade de ônibus na região para permitir que mais pessoas tenham acesso ao novo espaço.
Presente aos visitantes
Quem antes visitava o local contava com barraquinhas na beira do lago que vendiam água, suco, refrigerante e comida. Elas tomavam conta do espaço, mas com a construção evoluíram para quiosques regularizados através de um cadastro com a administração.
Essa obra atingiu muitas pessoas e famílias que dependem do espaço para viver. Entre elas a comerciante Aldemir Maria de Jesus, 54, umas das pioneiras no local. “Estamos aqui há 17 anos e foi uma batalha desde o começo. Chegamos aqui quando houve uma campanha política e viemos vender nossas coisas, em 2002. De lá até hoje, não saí. Com muita luta, a administração vinha e expulsava a gente daqui. Depois de um tempo, a gente voltava porque a gente queria que acontecesse isso que aconteceu agora. É a realização de um sonho”, conta ela, que pretende aumentar ainda mais as vendas com o novo espaço.
Além da parte comercial, a área também beneficia àqueles que a frequentam como lazer. Como é o caso do autônomo Antônio Souza Portela, 25, que visita o espaço desde que chegou a Brasília, em 2010. “Antes, era só o barro e o lago, tinha o pessoal vendendo coisas, umas árvores que o pessoal ficava de baixo e, mesmo antes de saber desse projeto, eu já achava bom. Agora, então, achei que ficou muito bom, organizado, urbanizado e vamos ver como vai ser daqui para frente. Antes, o espaço habitável era pequeno, poucas dessas partes podiam ser ocupadas, devido à preservação ambiental, morros e buracos. Agora, a parte habitável ficou bem maior, tem bancos, quiosques, tudo mais organizado”.
A família do garçom Iran de Santana, 28, aproveitou a inauguração para se refrescar e desfrutar do local. Ele, que há mais de seis meses não frequentava o local, se assustou com a mudança. “Eu já frequentava aqui, porque é um local que eu conheço, seguro e mais perto para mim. Fiquei surpreso quando cheguei e vi a mudança. O que era bom vai ficar ainda melhor, pretendo continuar vindo com toda a família”.