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Brasília

Filhos são os maiores responsáveis por agredir idosos no DF

No ano passado, foram registrados 192 casos de violência contra idosos. 124 destas agressões foram cometidas pelos próprios filhos

Redação Jornal de Brasília

15/06/2020 11h51

Dia do Idoso, especial, Lar dos velhinhos. Glória Neres da Cruz- Nucleo Bandeirante:13-09-2018 Foto: Kléber Lima/Jornal de brasilia

No Distrito Federal, os idosos que sofrem agressão têm visto os próprios filhos cometerem este tipo de crime. No ano passado, foram registrados 192 casos de violência contra idosos. Em 124, os agressores eram os filhos. 

O levantamento é da Central Judicial do Idoso (CJI), do Tribunal de Justiça (TJDFT). Os tipos de violência mais comuns foram a psicológica, a negligência e a financeira. O estudo também mostra que mulheres idosas sofrem mais do que homens. Dos 192 registros feitos, a vítima era uma mulher em 115 deles.

A CJI explica que, muitas vezes, em uma mesma denúncia, ocorre mais de um tipo de violência. Assim, houve um total de 272 registros de violência para os 192 acolhimentos de 2019. 

Tipos de violência

 A violência psicológica foi trazida 72 vezes (26% dos registros). A violência psicológica, abuso psicológico ou maus-tratos psicológicos “correspondem a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar pessoas idosas, humilhá-las, restringir sua liberdade ou isolá-las do convívio social”.

A negligência veio em seguida, com 62 queixas (23%). Em terceiro, a violência financeira, com 60 vezes (22%). Em quarto lugar, apareceu violência física, com 42 registros (15%). Houve também 35 relatos de abandono (13%).

A cartilha “Pessoa Idosa – direitos, dicas e informações”, lançada pela CJI em 2019, explica com detalhes cada tipo de violência.

Foto: Reprodução

Outros dados

Os maiores agressores foram os filhos (124 casos, 65% do total) seguidos de outros familiares com 36 ocorrências (19%) e de pessoas conhecidas (15 dos casos, 7% dos registros), grupo no qual estão incluídos amigos, cuidadores e vizinhos.

A faixa etária com maior número de denúncias foi de 60 a 69 anos (60 casos, 32%), seguida daquelas entre 70 e 79 anos e 80 e 89 anos, com 46 casos em cada uma.

Embora 46% das pessoas não tenham informado seu estado civil, observou-se que as víúvas, separadas/divorciadas e solteiras representavam 32% do total, enquanto que as casadas ou em união estável foram 22%.

Na maior parte dos casos (54%), os idosos não informaram sua renda, mas foram registrados 5 casos para pessoas sem renda, 33 casos para aquelas com até um salário-mínimo e 23 para as que recebem mais de cinco salários-mínimos.

Com informações do TJDFT

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