Da Redação
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Hoje, em uma propriedade de quatro hectares, o produtor rural Jailson Antônio de Sousa, de 50 anos, planta pimenta, quiabo, abobrinha, brócolis, berinjela, banana, mandioca, laranja, amendoim, cana, chuchu, batata-doce e outras verduras e frutas mas, nem sempre foi dessa maneira. Há algum tempo, faltavam recursos para pagar o maquinário necessário para a plantação, o que não permitia que a diversidade fosse tanta. Nesta quinta-feira (25) ele e mais 15 agricultores do Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina, foram beneficiados com equipamentos do Fundo de Desenvolvimento Rural na modalidade social (FDR-Social).
Ele é morador da região há 13 anos e diz que os incentivos têm sido essenciais para o seu dia-a-dia e afirma que está muito feliz e satisfeito. “Esse tratorzinho [referência ao modelo “tobata”] ajuda muito porque facilita na mão de obra. Com ele, tive a oportunidade de aumentar a área de plantio. Quem tem recursos faz; quem não tem, depende dessa ajuda”. Os produtos são vendidos nas feiras e por encomenda.
De acordo com Ilka Bessa, presidente da Associação dos Moradores e Proprietários do Núcleo Rural Rajadinha 2, explicou que a adoção de um rodízio faz com que o maquinário atenda a todos os associados. “Esta foi a primeira vez que conseguimos esse benefício. Foi a nossa primeira conquista. Muitas vezes, as terras dos produtores ficavam ociosas por falta de equipamentos. O FDR é nosso grande colaborador aqui”. Para fazer uso do equipamento, três produtores fizeram um curso de operador de maquinaria. São eles os responsáveis pelas máquinas.
Associados
Nesta semana, outros produtores foram beneficiados com equipamentos. Por meio do FRD-Social, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri/DF) entregou à Associação de Moradores, Pequenos Produtores e Agricultores Familiares de Boa Esperança (Ambrape), em Ceilândia, um trator de 55 cv (cavalos-vapor) e uma grade aradora.
A entidade já tem cerca de 80 associados que, com suas famílias, poderão usar as máquinas para preparo de terra e cultivos das lavouras. A associação fica responsável pela conservação, manutenção e seguro das máquinas e poderá utilizar tanto o trator quanto a grade aradora por até cinco anos.
“A escolha das entidades é feita por meio dos conselhos rurais de cada região”, explica o diretor de Gestão de Fundos FDR, Edson Rohden. “Após esse período, o equipamento é devolvido e colocado à disposição de outra entidade”. Se o acordo de cooperação não for cumprido, adverte o diretor, o contrato poderá ser rescindido a qualquer momento.
Para Rosivaldo Lopes de Oliveira, presidente da Ambrape, o maquinário que está à disposição dos agricultores vai ajudar as famílias dos pequenos produtores da região. “A hora do aluguel de um trator desses é muito cara. Muitos produtores não têm condições de comprar seus insumos e ainda pagar a [pelo uso do equipamento]. Isso é ótimo para todos nós aqui”, afirmou.
Sobre o FDR
O FDR tem por missão promover o desenvolvimento rural no DF. A meta é implementar ações que permitam o aumento da produção (medida de resultados) e da produtividade (capacidade de produzir mais utilizando cada vez menos tempo), da renda, da segurança alimentar e da permanência dos produtores no espaço rural.
O FDR tem dois objetivos específicos. O primeiro, na modalidade FDR-Crédito, visa financiar projetos de atividades rurais. O segundo, o FDR-Social, apoia, em caráter não reembolsável, projetos de fomento à produção agropecuária, como no caso da Ambrape.
Com informações de Agência Brasília
