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Brasília

Familiares de Toninho do Pó são condenados a Regime Fechado

As penas variam de 5 anos e 6 meses a 14 anos e 7 meses de detenção em regime fechado

Redação Jornal de Brasília

19/08/2020 19h41

MPDFT

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Nesta terça-feira (18), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve a condenação de nove pessoas do grupo que era liderado por Antônio César Campanaro, um dos maiores traficantes do DF, conhecido como Toninho do Pó, que morreu de meningite no Hran no ano passado. Entre os condenados estão esposa, dois filhos e uma enteada de Toninho.

Sete dos réus também têm envolvimento na receptação de cargas furtadas. As penas variam de 5 anos e 6 meses a 14 anos e 7 meses de detenção em regime fechado.

A quadrilha foi desarticulada em outubro de 2018 por meio da Operação Torre de Babel, realizada pela 2ª Promotoria de Justiça de Entorpecentes e a 4ª Promotoria Criminal e Tribunal do Júri do Recanto das Emas do MPDFT e pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Segundo o MPDFT, Toninho do Pó comandava uma organização criminosa com o objetivo de obter vantagem econômica com a receptação de produtos furtados. O grupo receptava e intermediava a venda de bens de origem ilícita. A quadrilha tinha conexão com outro grupo criminoso com atuação no Sul do país (Santa Catarina e Paraná).

O promotor de Justiça Luiz Humberto de Oliveira participou das investigações e de prisões ocorridas em Joinville, Santa Catarina. “As provas indicaram que o Toninho do Pó era mais do que um traficante, ele estava envolvido em outros crimes, como roubo de carga e lavagem de dinheiro. Ele conseguiu montar um grande esquema com a prática de diversos crimes, em vários estados, com uma rede muito lucrativa”, explica Oliveira.

O pagamento das cargas e produtos de crime era feito por meio de veículos em nome de terceiros e com procuração em nome do traficante. Os produtos receptados eram revendidos com auxílio de outros integrantes do grupo. Eventualmente, os objetos furtados e receptados por Toninho do Pó também eram utilizados como moeda de troca para aquisição de drogas.

Torre de Babel

A operação, deflagrada em outubro de 2018, cumpriu 46 mandados de prisão em 16 cidades de 6 unidades da Federação, além de 70 mandados de busca e apreensão. Foram necessários quatro aviões – dois da Polícia Civil do DF, um da Força Aérea Brasileira e um da Polícia Rodoviária Federal – , e mais três helicópteros para trazer todos os presos ao Distrito Federal. O trabalho foi possível pela integração de instituições como o MPDFT, polícias civis de sete unidades da Federação, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Na época, “Toninho do Pó” foi preso em Morro de São Paulo, na Bahia, em uma pousada que os investigadores acreditam ser de sua propriedade. Apesar de ter sido encontrado com diversos carros de luxo, um deles com fundo falso com mais de R$ 70 mil, não possuía nenhum bem em seu nome. O líder da organização estava preso e faleceu no ano passado.

Com informações do MPDFT 

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