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Brasília

Família de Bernardo aguarda corpo do garoto ser liberado pelo IML da Bahia

Departamento de Polícia Técnica fará a liberação quando algum parente da criança chegar a Itaberaba-BA, cidade onde o IML está localizado

Willian Matos

09/12/2019 11h17

Foto: Reprodução

A família materna de Bernardo, de 1 ano e 11 meses, ainda espera a liberação do corpo. Ele está em posse do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia, estado onde foi encontrado morto na última sexta-feira (6).

O DPT, que fica em Itaberaba-BA, aguarda a chegada de algum parente de Bernardo para liberar o corpo. A mãe dele, Tatiana da Silva Marques, 30, viabilizou uma funerária para buscar o filho ainda nesta segunda (9).

Após a confirmação de que o corpo encontrado na BR-242 na última sexta-feira (6) é mesmo o do menino Bernardo, garoto morto pelo próprio pai, Paulo Osório Chagas de Lima, 45 anos, o Departamento de Repressão a Sequestros da Polícia Civil do DF (DRS/PCDF) dá como concluída a investigação a respeito do caso. Para a PCDF, Bernardo morreu no dia 26, ainda em Brasília, por conta da dose de medicamentos controlados que Paulo lhe forneceu.

Como explica o delegado-chefe da DRS, Leandro Ritt, Paulo tinha o desejo de tirar Bernardo da mãe, Tatiana da Silva, 30, e da avó materna. “Ficou concluído que ele agiu sozinho nesse homicídio e que a criança foi morta ainda dentro de casa . Comprova aquela linha inicial da investigação de que ele tinha por objetivo matar a criança e fazer com que os familiares nunca mais vissem nem mesmo o corpo. Ele tinha por objetivo perpetuar esse sofrimento na família”, afirma Ritt.

Identificação do corpo

O diretor do Instituto de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil do DF, Samuel Ferreira, explica como foi o trabalho de reconhecimento do corpo. Para comprovar que o cadáver era mesmo do garoto, foi necessário exame de DNA. O exame foi realizado através de amostras do perfil genético colhidas da cartilagem de Bernardo e confrontadas com células da mucosa oral (saliva) de Paulo e Tatiana, pai e mãe do menino.

Ainda segundo o diretor, o exame é extremamente preciso e não deixa dúvidas. “Para se ter uma ideia, a probabilidade de uma pessoa ter o mesmo perfil genético de Bernardo é de uma em 53 septilhões de pessoas na face da Terra. Considerando que o planeta Terra tem 7 bilhões de pessoas, precisaríamos de cerca de 3 trilhões de planetas Terras para haver uma outra pessoa com o mesmo DNA de Bernardo. Portanto, o corpo encontrado na Bahia é de fato o do garoto”, crava Samuel.

O caso

O desaparecimento de Bernardo mobilizou a Polícia Civil e chocou os brasilienses na última semana. Paulo Osório, pai do garoto, sumiu com ele no dia 29 de novembro, com a intenção de tirá-lo da mãe, Tatiana da Silva. Ele foi preso dois dias depois, mas foi encontrado sem o garoto.

Perguntado, ele deu uma versão diferente da realidade. Afirmou que deixou o garoto em um local diferente do encontrado, fazendo a polícia mobilizar uma equipe para procurar Bernardo, sem sucesso. Disse também que a intenção era dar “um susto” em Tatiana, afirmação que, para a investigação, é falsa.

Enquanto isso, os dias se passavam e a família de Tatiana sofria sem notícias de Bernardo. Como o caso ganhou notoriedade rapidamente, os palpites de espectadores eram variados. Muitos chegaram a acreditar que Bernardo ainda estava vivo, o que confundia ainda mais a mãe do garoto.

No entanto, no último sábado (7), a Polícia Civil confirmou a morte de Bernardo

Agora, Paulo Osório responderá por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, podendo pegar até 30 anos de prisão. Neste momento, ele está na carceragem da PCDF.

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