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Brasília

Faltam leitos em algumas unidades de saúde do DF

Secretaria de Saúde promete entregar 50 novas vagas até o final da semana, nesta terça (23) foram registrados 16 óbitos

Catarina Lima

23/07/2020 7h40

Volta a ficar precária a disponibilidade de leitos para pacientes com coronavírus no Distrito Federal. Até o final da tarde ontem os hospitais regionais de Planaltina e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Ceilândia, estavam com 100% dos leitos ocupados, de acordo com a Sala de Situação, ferramenta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que disponibiliza dados e informações, de forma a promover o conhecimento sobre saúde.

A ocupação total na rede pública era na ocasião de 77,26% e na rede privada apenas 6,67% dos leitos para pacientes de covid-19 estão disponíveis. Os leitos contratados nos hospitais São Mateus e São Francisco também atingiram a capacidade máxima de ocupação.

Enquanto isso, Brasília apresentou na última terça-feira o maior número de mortes por coronavírus, 46, já ontem, foram registrados 16 óbitos. O presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Jean Lima, disse que “ a gente está vivendo o pico e, a ideia é que estamos numa espécie de platô e não dá para estimar quando vai iniciar a queda”.

A Secretaria de Saúde promete entregar até o final desta semana 50 leitos para pacientes com coronavírus, do Centro Médico da Polícia Militar. Segundo a pasta, serão 30 de UTI e 20 da enfermaria.

O infectologista Alexandre Cunha, membro da Sociedade de Infectologia do DF, acredita que a cidade tenha atingido o pico do número de casos de coronavírus, e que esteja neste momento num platô. Segundo ele, o aumento na quantidade de mortes reflete os contágios ocorridos há 20 dias. “O número de óbitos ainda deve subir nos próximos dias, mas isso não quer dizer aumento no contágio porque reflete casos contraídos há duas semanas”, explicou. O infectologista estima que a partir de agosto haverá uma redução no número de infecções por coronavírus no DF.

Também na terça-feira, dia 21, a Codeplan disponibilizou o Boletim Codeplan Covid, com dados sobre casos, óbito, taxa de reprodução etc, relacionados à pandemia. No levantamento feito pela Codeplan a taxa de reprodução no DF é de 1,1, o que indica que a doença continua em expansão na cidade. “Em outras palavras, no DF, pode haver um aumento em torno de 10% na semana seguinte, se as condições continuarem as mesmas”, prevê o Boletim. Isso significa que a taxa de 1,1 indica 10% a mais de pessoas contaminadas em uma semana.

A estimativa do número de reprodução da epidemia mede a intensidade com que está ocorrendo a transmissão, sendo, portanto, um indicativo de gravidade da doença. Ele mede para quantas pessoas, em média, um indivíduo infectado transmite a doença. Quando o índice de produção é maior que 1, indica crescimento do número de contágios. Quando é menor que 1, denota decréscimo no contágio, e quando é igual a unidade, significa equilíbrio momentâneo.

Outro dado apresentado no Boletim Covid elaborado pela Codeplan é incidência da doença em homens e mulheres. De acordo com o documento, a Covid-19 tem afetando de forma desigual a homens e mulheres.

O número de óbitos relacionados ao coronavírus no DF é maior entre homens que entre mulheres. Já o número total de casos é maior entre mulheres. Até agora, do total de infectados no DF, 52,% são de mulheres e 47,4%, de homens. Quanto aos óbitos, 58,2% dos que morreram eram homens e 41,8,%, mulheres.

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