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Brasília

Fã da Polícia Militar, garoto de 4 anos ganha festa e farda de presente

Arquivo Geral

23/12/2018 11h22

Foto: PMDF/Divulgação

Rafaella Panceri
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Um garoto de 4 anos, morador do Núcleo Bandeirante, comemorou o aniversário ao lado de policiais militares neste sábado (22). Apaixonado pelo trabalho da polícia, Kalebe Braian Lima ganhou farda, coturno e boné sob medida (veja o vídeo). Os profissionais fizeram uma surpresa para o garoto: chegaram em viaturas na frente da casa e fecharam a rua para prestigiá-lo. Segundo a família, Kalebe tem os militares como heróis e deseja seguir carreira quando for adulto.

A dona de casa Marinez Lima dos Santos, 50, avó de Kalebe, conta que realizou o sonho do neto: vestir uma farda. “O Natal dele e o de toda a família será mais feliz. O meu, principalmente, porque vi a alegria dele”, compartilha.

Na última semana, ela foi ao 25º Batalhão de Polícia Militar para contar a história do neto e pedir uma festa de aniversário temática. “Somos de família humilde e não temos condições. Por isso, pedi ao major. Eles foram extremamente atenciosos e fizeram uma surpresa”, conta.

“A gente não sabia de nada. Uma viatura passou, depois duas, três. Estacionaram e desceram do carro, cantando parabéns para o Kalebe. Foi lindo”, lembra.

Kalebe Braian Lima ganhou brinquedos de presente, além de farda e visita de PMs. Foto: Arquivo Pessoal

Tia do garoto, a intérprete de Libras Bárbara Lima dos Santos, 29, conta que ficou preocupada. “Assustei, porque disseram que mandariam só dois camburões. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa”, brinca.

“Pegaram o Kalebe no colo, colocaram no ombro, cantaram parabéns. São atitudes simples que fazem toda a diferença para uma criança. Ele deu o primeiro pedaço de bolo para um policial. Nem se lembrou da família”, descontrai.

Veja o momento da chegada dos policiais à rua onde mora Kalebe:

A sargento Vanuza Abrantes organizou a surpresa. Foi a uma costureira com a família para tirar as medidas do menino. “Os olhos dele brilhavam”, lembra. “Quando a avó levou o Kalebe no batalhão, nos comovemos com a história. Todo o quartel se juntou. Passeamos de viatura, fizemos a farda e o boné”, conta.

“É muito gratificante. Não em dinheiro que pague. Acredito que as crianças têm admirado a PM pelo tratamento que damos à população. Hoje, isso mudou muito. A gente passa segurança. Antes, as crianças tinham medo. Agora, existe uma admiração muito grande. Estou há 25 anos na polícia, já passei pelo Batalhão Escolar, mas a história do Kalebe foi algo que me marcou. Quero acompanhar a história dele”, declara a sargento.

Sem iluminação pública, a rua foi iluminada pelos faróis das viaturas durante a comemoração. Foto: PMDF/Divulgação

Fã de farda
A paixão de Kalebe pela PMDF é inexplicável, segundo a família. “Ele não pode ver uma viatura passando que quer correr atrás. E os militares dão a maior atenção. Ficam de joelhos para tirar fotos, abraçam. São verdadeiros super heróis para ele. Ele bate continência para todos e os define como amigos”, conta a avó.

A tia complementa: “o amor pela PM foi acontecendo. Ele chamava os policiais de amigos e achávamos normal. Só que com o tempo ele virou fã: via uma viatura e saia correndo atrás. Brincava de prender os irmãos. Ele fica muito com a avó e assiste muito aos jornais na televisão, onde há muitos policiais. Começou a copiar a fala e a atitude deles. Quando vê ao vivo, é como se estivesse vendo um deus”, compara.

Kalebe deu o primeiro pedaço do bolo de aniversário a um policial militar. Foto: PMDF/Divulgação

“Nós compramos um bolo e o lanche, mas não pudemos comprar o presente. Os PMs trouxeram, ainda, o patins do homem aranha, que ele queria muito. Ele ficou se achando. Agora, fala pros irmãos que é polícia”, descreve a tia, e considera a influência benéfica.

“Parte da família representa o contrário. Um já foi preso. Ele tinha tudo para não gostar. Quando o Kalebe estava na barriga da mãe, policiais entraram na casa para levar o pai”, afirma. “Foi um trauma. Isso é coisa de Deus”, acredita.

Por telefone, Kalebe confirma a história: “são meus amigos. Sou polícia. Um beijo”, diz.

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