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Brasília

Evento discute Atenção Primária na rede pública de saúde

“Se a Atenção Primária não virar prioridade agora, ainda vamos perder muitas vidas”, afirmou a deputada Júlia Lucy, idealizadora do evento

Willian Matos

29/08/2019 11h34

Da redação
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Nesta quinta-feira (29), a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou audiência pública sobre a Atenção Primária na rede pública do DF. O evento reuniu representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, do Ministério da Saúde, médicos, enfermeiros, usuários, professores e especialistas do setor privado.

A iniciativa é da deputada distrital Júlia Lucy (Novo). Na abertura, a parlamentar destacou a importância do tema para a gestão da saúde pública. “Quando falamos de atenção primária, estamos falando de salvar vidas, mas também de usar o orçamento de forma eficiente. O investimento na fase primária melhora indicadores básicos de saúde, reduz internação de atenção ambulatorial, consultas especializadas, além de tratamentos desnecessários”, afirmou.

“Ou a gente entende que a atenção primária tem que ser prioridade agora, ou vamos perder muitas vidas.”

A deputada ainda lembrou das experiências que teve recentemente ao ser atendida na rede de saúde do DF. “Sempre utilizo serviço público para fazer a jornada do usuário. Quando você está do lado de fora, não consegue perceber coisas que estão acontecendo ali dentro. Sentir na pele faz toda a diferença”, destacou.

Deputada Júlia Lucy. Foto: Divulgação

Representando o GDF, o coordenador substituto de Atenção Primária à saúde, Sérgio Lima Gonçalves, afirmou que o programa de Saúde da Família vem enfrentando perda grande de médicos em função do fim do Mais Médicos. Segundo ele, até maio havia 395 equipes e agora estão com apenas 378. “Temos tido dificuldade de preencher todos os requisitos das equipes, como o de ter cinco tipos de profissionais em cada uma”, destacou.

Ela apontou que para aumentar a cobertura primária está previsto pelo Plano Plurianual de 2020 a 2023 a contratação de 114 médicos, 150 equipes completas, 350 técnicos de enfermagem, 70 cirurgiões e 700 Agentes de Saúde (ACS). Segundo informou, o concurso de agentes de saúde já está engatilhado e deve ter o chamamento em breve.

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