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Brasília

Envolvido em fraude no DFtrans é coagido a não prestar depoimento

Arquivo Geral

15/06/2018 14h39

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

Matheus Venzi
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A Policia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o motivo da ameaça a um dos investigados da Operação Trickster quando ele ainda estava encarcerado na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP). Nesta sexta-feira (15), foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, na Asa Norte, Lago Sul, Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan) e Guará, com o objetivo de esclarecer o envolvimento de um advogado e de um servidor público no caso.

De acordo com o delegado da Divisão de Combate à Corrupção, Wenderson Teles, o advogado Rodrigo Duque Dutra teria comparecido à carceragem a mando do servidor Renato Itajahy Malcotti. “As ameaças ocorreram dentro da DCCP, logo após a deflagração da operação [Trickster]. O investigado foi ameaçado de forma velada para que não prestasse depoimento às autoridades”, comenta.

Delegado da Divisão de Combate à Corrupção, Wenderson Teles. Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

O advogado teria se aproveitado do direito de defesa dos presos para ter contato com o homem ameaçado. “É algo normal eles terem acesso [aos encarcerados]. Esses profissionais possuem a prerrogativa para isso”, esclarece Malcotti.

Segundo as investigações, Renato é amigo do ex-auditor fiscal de atividades urbanas do DFTrans Pedro Jorge Oliveira Brasil, que atualmente encontra-se preso, pela segunda vez, por envolvimento nas fraudes. “Eles tem um vínculo, já foram presos juntos, já trabalharam juntos em um serviço de fiscalização.”, aponta o delegado. Entretanto, ainda não foi comprovada a atuação de Renato e do advogado dentro da organização criminosa. O servidor, inclusive, já possui passagens por peculato (desvio de dinheiro público).

Saiba mais: Operação Trickster: diretor do DFTrans é preso por fraude

As autoridades agora irão se concentrar em esclarecer a real motivação do ato. “Sabemos que eles estão tentando esconder algo, porém, ainda não descobrimos o quê. Todo o material recolhido, celulares, computadores, CDs e documentos serão analisados”, afirma Malcotti. As buscas aconteceram nas residências e escritórios de Renato e Rodrigo. A possível participação deles na organização criminosa também será apurada.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

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