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Brasília

Entulho do DF será reciclado para aproveitamento em obras

Aline Rocha

14/05/2019 12h31

Foto: Renato Araújo/Agência Brasília.

Da Redação
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Por mês, a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), antigo lixão da Estrutural, pode reciclar 56 mil toneladas de entulhos. Esse volume é o equivalente a aproximadamente 10 mil caminhões carregados e a empresa contratada para a administração do local já está operando em fase de teste.

Por volta de 600 caminhões despejam cerca de seis mil toneladas de entulhos na URE, e metade dessa quantidade será transformada em areia, cascalho de demolição, cascalho de concreto, pedrisco e brita 1. Todos esse materiais serão aproveitados para obras públicas e privadas no Distrito Federal (DF).

O diretor-adjunto do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do DF, Paulo Celso dos Reis, explica que “foi feito um acordo com a Novacap e DER, que são os órgãos que mais contratam na parte de pavimentação, para incluir, nas próximas licitações a obrigatoriedade de se  utilizar um percentual mínimo desse material reciclável”, explicou Paulo Celso dos Reis, diretor-adjunto do SLU.

O laboratório da Novacap e a Universidade de Brasília (UnB) estão estudando e pesquisando para avaliar se a qualidade do material supre as exigências da construção civil. “Esses estudos vão demonstrar que esse material poderá ser usado de forma tranquila e difundida na construção civil. Não só para pavimentação, como subleito e sub-base, mas, também, em construções não estruturais”, finalizou o diretor.

Monitoramento

O descarte de entulho da construção civil no Distrito Federal passou a ser totalmente rastreado desde junho do ano passado, por meio do sistema de gestão dos Resíduos da Construção Civil (RCC). Para poder descarregar na URE, os transportadores são obrigados a se cadastrar nesse sistema, disponível no site do SLU, e a emitir o Controle de Transporte de Resíduos (CTR) para cada demanda que atenderem. Com isso, o SLU acompanha a movimentação do entulho coletado desde a origem até a disposição final na URE.

“Nesse sistema podemos controlar de onde vem a solicitação que gera o resíduo, quem vai transportar e para onde será destinado. Se esse resíduo gerado pelo cidadão entrar no sistema, a gente vai saber até a hora que deu baixa na URE”, revelou André Pimenta, diretor de Modernização e Gestão Tecnológica do SLU.

Se o transportador não der baixa na URE, ele não terá opção de excluir o CTR, portanto o sistema entenderá que a caçamba venceu o prazo do recolhimento, ou que o entulho foi descartado em alguma área não autorizada. Nesse caso, os agentes do DF Legal poderão localizar a caçamba pelo CTR, utilizando o próprio smartphone, e aplicar as penalizações por crime ambiental.

Além da emissão da CTR, os transportadores também passaram a pagar para descartar entulhos na URE. Hoje o preço da tonelada é de R$ 10,92, o mesmo pago pelo SLU para a empresa que opera a unidade.

Com informações de Agência Brasília

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