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Brasília

Ensino Médio: população pode opinar sobre novo currículo

A apresentação contou com a presença de professores, gestores escolares e da Secretaria de Educação e representantes do meio acadêmico

Aline Rocha

31/10/2019 13h16

Foto: Luís Tavares/Secretaria de Educação

Da Redação
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Professores, estudantes, pesquisadores, diretores, instituições públicas e privadas e todos os interessados já podem opinar sobre o novo currículo do Ensino Médio da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF). Durante evento para apresentação da proposta nesta quinta-feira (30), o documento foi colocado em Consulta Pública. A apresentação contou com a presença de professores, gestores escolares e da Secretaria de Educação e representantes do meio acadêmico. 

As contribuições podem ser enviadas até 20 de novembro, exclusivamente por meio dos formulários disponibilizados no site da Secretaria de Educação. O subsecretário de Educação Básica, Helber Vieira, recepcionou os participantes. “A expectativa para o novo Ensino Médio é a de torná-lo atrativo para nossos estudantes. O currículo expressa a forma como vamos realizar o processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo para que eles tenham novas perspectivas e possibilidades em relação ao futuro”, afirmou.

A professora de Geografia do Centro de Ensino Médio 12, de Ceilândia, Mariana Dias dos Reis, participou do evento e acompanhou a apresentação da proposta da Secretaria atenta. “Quero entender como este currículo vai funcionar dentro da escola. Há dúvidas em relação a aspectos como a semestralidade e a interdisciplinaridade. E também precisamos lidar com os alunos, que têm suas dúvidas. Os do 2º ano me perguntam se vai haver mudança para eles e nós sabemos que não”, contou a educadora.

Sobre os aspectos citados por Mariana, entre as inovações, as matrículas serão semestrais e pelo sistema de créditos. A proposta foi construída a partir de discussões em todas as regionais de ensino, para implementação do projeto-piloto, em 2020. No ano seguinte, cada regional de ensino também terá escolas-pilotos. Em 2022, o novo currículo estará em todas as escolas públicas que atendem ao Ensino Médio.

O diretor do Centro de Ensino Médio Integrado do Gama, Carlos Lafaiete Formiga, recebeu a proposta de um novo currículo com entusiasmo. “Vemos a proposta como um ganho extraordinário para o estudante, que poderá escolher suas trilhas. O novo currículo será agregado ao que nós já fazemos, trabalhando com uma série de projetos para melhorar a qualidade da educação. E nossos professores vestem a camiseta, querem sempre buscar coisas novas”, comemorou o diretor.

Documento

O documento prevê os objetivos de aprendizagem da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a chamada Formação Geral Básica (FGB), com 1.800 horas, e àqueles referentes aos cinco itinerários formativos, com 1.200 horas. A elaboração foi feita em alinhamento com a Lei Federal 13.415/2017, do Novo Ensino Médio, que determina um total de 3.000 horas de curso, carga horária que já é adotada no DF.

A BNCC divide os objetivos de aprendizagem por áreas do conhecimento, para fomentar a interdisciplinaridade: Matemática; Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física); e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia); Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa). Especificamente no Distrito Federal, além do inglês, a Língua Espanhola também é obrigatória. A intenção é que o estudante faça as correlações entre os conteúdos e desses com a vida prática.

Os itinerários formativos são compostos pelas mesmas áreas de conhecimento, para o aprofundamento dos estudos, conforme os interesses de cada um, além da educação profissional técnica. Dos cinco itinerários, o estudante deverá optar por pelo menos dois. Além disso, cada itinerário estará ancorado em quatro eixos formativos: investigação científica; processos criativos; mediação e intervenção sociocultural; e empreendedorismo.

No caso da educação profissional, haverá discussão em cada escola para definir os cursos a serem ofertados, conforme as necessidades dos estudantes e de suas comunidades, bem como da disponibilidade de atendimento da rede de ensino.

Também participaram do lançamento os subsecretários de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Ribeiro de Barros, e de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), André Lúcio Bento.

 

Com informações da Agência Brasília

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