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Brasília

Energia solar no metrô do DF

Arquivo Geral

19/12/2016 8h20

Foto: Angelo Migurel

Seguindo a tendência da sustentabilidade, o Metrô-DF vai utilizar a energia do sol para fazer funcionar a estação da Guariroba, em Ceilândia. Segundo o presidente Marcelo Dourado, o pregão já está na praça e o projeto-piloto deverá estar funcionando no primeiro semestre de 2017. O valor inicial da licitação é de R$ 1,3 milhão. No entanto, Dourado espera que o gasto final seja menor. Nesta semana, antes das festas de Natal, o Metrô também espera concluir a instalação de painéis com os horários dos trens em 16 estações.

O Metrô do DF vai adotar uma nova tecnologia?
A convite do governo japonês, em passei 15 dias no Japão para conhecer o sistema metroferroviário deles. Em uma das oficinas naquele país, toda a parte coberta do prédio está com placas fotovoltaicas e baterias. É exatamente o que queremos e vamos fazer. Estudos de nossos engenheiros apontam que temos uma estação pequena com uma grande incidência solar. É a estação da Guariroba, em Ceilândia.

Como ela funciona?

Lançamos o pregão e a abertura das propostas será em janeiro. A empresa que ganhar vai implantar as placas fotovoltaicas em cima da estação da Guariroba e toda tecnologia de inversores e baterias. A energia produzida pelo sol, captada pelas placas vais passar pelos inversores e baterias para alimentar toda a estação. Veja bem, não é o sistema motriz do trem, que é de alta potência. É a estação. Toda estação. É iluminação, sinalização, toda parte interna da estação será alimentada pelas placas solares. Vai ter uma economia na conta de luz.

Quanto custará?
Nós temos uma cotação, que acho que vai cair bastante. A cotação do pregão publicada nos jornais é de R$ 1,3 milhão. Mas tenho convicção que a empresa que ganhar vai oferecer um preço abaixo de R$ 1 milhão. Na experiência que temos, sempre existe um deflator de 20%, 30% e até 40% no valor das contratações. O excesso de energia que nós produzirmos para a estação vai ser enviado para a concessionária, a CEB. O metrô vai receber como crédito. E o contrato mais caro que o metrô tem é para uma empresa coirmã, que é o contrato energia com a CEB. Dá mais de R$ 3 milhões por mês.

Quando estará funcionando?
O contrato deve ser assinado ainda em janeiro. Acredito que quatro meses depois teremos a estação com energia solar. E queremos ir além. Será um projeto-piloto, que tenho certeza que vai dar certo. Eu quero, ao mesmo tempo, transformar esta estação em um centro de captação e qualificação de energias renováveis. Eu quero fazer termo de cooperação com a Secretaria de Educação, com as universidades e trazer os caras para aprender, estudar e multiplicar a tecnologia. Das 24 estações que temos, 14 ou 15 são de superfície, com acesso ao sol. Tenho certeza de que nós vamos ter as estações patrocinadas pelo setor privado com projetos modelos.

O metrô tem outros projetos na linha da sustentabilidade?
A gente licitou e já estamos montando painéis com o horário de chegada dos trens. Até o Natal os montaremos em 16 estações. Os painéis vão informar o horário das chegadas dos trens.

Quanto custou?

A tecnologia custa, no mínimo, R$ 8 milhões. O que vamos instalar foi desenvolvido pelos engenheiros do metrô do DF . Nosso software foi produzido de graça. E já tem outros metrôs interessados em nosso produto. Estão querendo fazer parcerias. Vamos vender a tecnologia que foi desenvolvida pela turma de engenheiros da diretoria técnica do metrô. Os equipamentos são pagos por emendas parlamentares dos deputados distritais Chico Leite (Rede) e Telma Rufino (PROS). Juntando as duas, dá quase R$ 800 mil.

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