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Brasília

Enem. Estudou? Então, agora, relaxe

Arquivo Geral

02/11/2018 10h14

Luna Dourado. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Lígia Vieira
redacao@grupojbr.com

O primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018, neste domingo, é a primeira etapa para que 106 mil brasilienses conquistem vaga em universidades públicas e privadas. A prova terá cinco horas e meia de duração e abrangerá Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, História, Geografia, Filosofia e Sociologia, além da Redação.

Já no segundo domingo de exame, no próximo dia 11, que tem 30 minutos a menos de duração, as questões envolvem os temas Química, Física, Biologia e Matemática. Nas duas datas, os portões dos locais de prova abrem às 12h, no horário de Brasília, e depois das 13h não entra mais ninguém nas salas. Às 13h30, os estudantes começam a responder as questões da provas.

A ansiedade é o maior obstáculo para os alunos enfrentarem nos dias antes do Enem. Alguns preferem revisar conteúdos, outros aproveitam para descansar e ficar com a família. O criador do PPA Estudos Orientado e professor Paulo Pérez entende que cada estudante deve fazer o que traz tranquilidade. “Não tem manual. Eu pergunto para os alunos, ‘o que vai te dar mais segurança?’. Eles me respondem e eu digo ‘faça’. Mas também tem que ser uma atividade que não gaste energia, tempo, seja saudável”, orienta PP – como é conhecido entre os estudantes.

O docente diz que cada um deve ter em mente que a prova do Enem é democrática: inclui temas estudados por alunos das melhores escolas do País e também daquelas sem infraestrutura. “O candidato deve pensar em como pode aplicar todo o conteúdo que ele estudou em atividades do dia a dia”, diz.

Paulo Pérez. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Aulão

Ontem, o Museu Nacional da República foi palco de um grande aulão. Os colégios Marista do Distrito Federal promoveram o evento #DicaMaristaEnem, que reuniu 700 alunos de 3º ano do Ensino Médio da rede e de colégios públicos. Os estudantes passaram a manhã entre professores fantasiados, paródias, encenações teatrais e revisões de conteúdo.

“Antes de tudo, queremos motivá-los e no evento demos dicas de conteúdo e de como realizar a prova de forma lúdica para descontrair”, afirma Michelle Jordão, representante dos colégios Marista do DF e da UMBrasil.

Professora de Redação do Marista, Roberta Savana diz que esses últimos dias são os momentos para descontrair. “O aluno tem que lembrar que foram três anos de empenho. E não são só eles que ficam nervosos: eu fico com o coração na mão. Assim que inicia a prova, entro do site do Inep e espero a divulgação do tema da redação”, conta.

Já Carolina Amorim, professora de Redação da escola Objetivo Brasília, explica que nesta reta final uma dica é dar uma olhada nas redações que o estudante escreveu neste ano e foram corrigidas, além de traçar uma estratégia de tempo para produzir o texto no domingo. “É bom que ele revise para não repetir os mesmos erros. Também separe uma hora para escrever o rascunho e outros 30 minutos para revisar e passar o texto para a folha definitiva”, afirma. Ela recomenda ainda o uso de roupas leves na hora do exame.

Preparação que leva até anos

A estudante Luma Dourado, 20, quer cursar Medicina e há dois anos estuda para passar no vestibular. Neste ano, resolveu todas as 2,5 mil questões do material do PPA Estudo Orientado, curso preparatório em que é aluna há um ano. “Vou passar o dia anterior assistindo filmes e séries. No domingo quero chegar às 12h no local de prova e não me atrasar”, planeja.

Outro que sonha com o diploma de Medicina é Thales Queiroz Souza, 17 anos. Desde o 9º ano ele realiza provas do Enem como treineiro, mas desta vez é para valer. O garoto está no último ano do ensino médio e estuda sete horas diariamente no PPA. “Estou tranquilo. No dia anterior quero ficar em paz comigo mesmo, então devo passar o dia em casa com minha família e minha namorada”, pretende. Ele ainda dá a dica: “Para a prova eu levo comidas não tão gostosas, como aquelas barrinhas proteicas de chocolate, que é para não dar vontade de comer nem ansiedade”.

Thales Queiroz Souza sonha com o diploma de medicina. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília.

Aluno do CED 4, no Guará, Ryan Nunes de Castro, 17 anos, quer cursar Comunicação Social e ontem participou do aulão preparatório #DicaMaristaEnem. Ele considera o segundo domingo de prova mais trabalhoso, por conta de disciplinas como Matemática. “O mais difícil do Enem é o cansaço, principalmente o mental. No dia, eu sempre levo água e doces para me manter acordado e com energia”, conta.

Pedro Mustafa, 18 anos, por sua vez, pensa em ingressar na Universidade de Brasília no curso Ciências Econômicas. Ele acredita que estudou muito e, por isso, vai aproveitar o sábado para descansar. “Vou aproveitar para dormir direito”, espera.

Apostas de professores para o tema da redação

Carolina Amorim, professora de Redação da escola Objetivo Brasília, acredita que o Enem vai cobrar na redação algo relacionado a alimentação escolar ou visibilidade de gênero. “Neste ano, o Inep levantou muito o tema da alimentação nas escolas e até onde ela é nutritiva. Além disso, esta é a primeira vez que o candidato pode usar o nome social na prova”, lembra.

Paulo Pérez, fundador do PPA Estudo Orientado, acha que o tema deste ano vai ser algo relacionado aos 20 anos do Enem e como a prova mudou o jeito de se ensinar em sala de aula, logo pode envolver o lema “Pátria Educadora”, a mudança na Base Nacional Comum Curricular e a semestralidade no Ensino Médio. “É uma aposta perigosa. Já o professor de Redação daqui, Rafael Riemma, acha que vai ser sistema carcerário, saúde pública ou preconceito linguístico”, comenta.

Roberta Savana, professora de Língua Portuguesa do colégio Marista, aposta na discussão sobre patrimônio material, cultural e imaterial, também em questões como refugiados, obesidade e inversão de valores em sala de aula, como, por exemplo, casos de violência contra professores. “Eu penso que eles podem relacionar a variedade linguística do País com a questão do patrimônio. Ultimamente o Inep fez publicações que traziam palavras características de certas regiões, como ‘oxente’”, disse.

Não esqueça de levar

– Documento com foto

– Caneta esferográfica preta fabricada em material transparente.

– Cartão de confirmação da inscrição.

– Declaração de comparecimento impressa para assinatura do chefe de sala.

– Garrafa de água fabricada em material transparente.

– Barrinhas de cereal e outras comidas leves.

 

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