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Brasília

Em dia de reabertura, frequentadores da Água Mineral cumprem medidas de segurança

Cerca de 40 pessoas passaram pela Trilha Cristal Água, a única aberta nesta primeira fase de flexibilização de fluxo no local

Vítor Mendonça

15/06/2020 13h20

Após 85 dias fechado, a reabertura do Parque Nacional de Brasília, a tradicional Água Mineral, na manhã desta segunda-feira (15) representou, para alguns dos frequentadores, uma retomada das atividades ao ar livre e mais próximas à natureza do Cerrado.Com restrição de 300 pessoas por dia até 15h – 10% da capacidade total -, a reserva recebeu pouco movimento. Das 150 permissões para circulação pela manhã, apenas cerca de 60 pessoas adentraram. A única trilha aberta nesta primeira fase de flexibilização de fluxo no local é a Trilha Cristal Água, cujo percurso de 18km foi restrito aos primeiros 5km.

Maria e Aline Rodrigues Ferreira, mãe e filha, 65 e 41, respectivamente, sentiram falta das caminhadas matinais no Parque. Normalmente, o horário em que entravam para aproveitar as trilhas e as piscinas era por volta das 6h. Desta vez, pelas restrições, chegaram 8h05, e foram algumas das primeiras a ingressar. Até então, para substituir o lazer no local, as duas andavam pela quadra próxima de onde vivem, na 115 Norte, e se exercitavam dentro de casa.

Maria e Aline Rodrigues Ferreira, mãe e filha. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

“Frequento aqui há 45 anos, então essa volta foi maravilhosa”, afirmou a mãe. “Esse verde e esse ar tiram um pouco a sensação de cansaço e estresse de dentro de casa”, complementou. As duas também aproveitaram o tempo livre nesta manhã para usufruírem da Tenda da Meditação, aberta, de acordo com elas. “Foi bom porque sentimos muita segurança. O pessoal que vimos está mesmo usando a máscara e não há aglomeração. Foi uma experiência positiva”, afirmou Alice.

O casal Tito Galvão, 35, e Inaê Santos, 40, também optaram pelas primeiras horas da manhã de reabertura para o lazer no Parque Nacional de Brasília. O bancário e a antropóloga aproveitaram o verde do Cerrado antes de iniciarem o expediente nos respectivos trabalhos. “Estava com saudade do mato”, desabafou Tito em tom de brincadeira. “Gostamos muito de caminhar e tomar um banho de ducha”, complementou. Depois de quase três meses sem o refresco ao ar livre, conseguiram fazê-lo novamente.

“As medidas de segurança são imprescindíveis mesmo. Não vi nada que desabonasse o parque […] e acho que a piscina realmente não pode abrir”, disse o bancário. Para ele, há a sensação de segurança sanitária, uma vez que percebeu a colaboração de todos para manter as regras de distanciamento social, tanto dos frequentadores quanto dos funcionários do Parque.

O fotógrafo Luiz Clementino, 69, pôde voltar a fazer algumas fotos no local. “Fez muita falta. Voltar a andar no Cerrado, longe dos automóveis e das vias urbanas é uma alegria grande. […] Enquanto andei na quadra onde moro, era muito estressante por causa do barulho dos carros”, comentou. A expectativa do idoso é que as “coisas melhorem” para que as famosas piscinas sejam reabertas em breve, a fim de se refrescar em dias quentes.

Organização

Logo na portaria, as instruções são claras: o ingresso sem máscara está proibido, não sendo permitidas também aglomerações ou a realização de piqueniques. Para garantir a segurança dos frequentadores e dos funcionários, é realizada a aferição de temperatura corporal e a entrega do ticket aos usuários do parque deixou de ser feita para se evitar o contato. Por 30 dias, prorrogáveis por igual período, não será cobrado ingresso de entrada.

De acordo com a administração da reserva, quem não cumprir as regras estabelecidas será convidado a se retirar do Parque.

Após a entrada, algumas barreiras com cones e faixas de isolamento foram posicionadas para impedir a passagem de carros para outros pontos do parque. No percurso ao estacionamento, fiscais monitoram as áreas isoladas. A entrada na Trilha Cristal Água não é possível senão à pé ou de bicicleta.

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

De acordo com a chefe do Parque, Juliana de Barros Alves, há 5 anos como administradora da reserva, o momento é de cautela. “Preferimos começar com pouco e irmos escalonando as aberturas”, afirmou. “Estamos aprendendo a operacionalizar nesse período. Com uma área menor e mais restritiva conseguimos monitorar sobre o uso de máscara e as operações”, disse.

As famosas piscinas da Água Mineral e as outras trilhas, no entanto, ainda não têm previsão de reabertura, pois dependerão da movimentação verificada nesta primeira fase. As piscinas continuam cheias, mas com tratamento constante, uma vez que, segundo Juliana, não podem esvaziar para não estragarem futuramente.

Piscinas da Água Mineral. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

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