O Eixo Monumental vai ganhar faixas exclusivas para o transporte coletivo por meio de um projeto do Governo do Distrito Federal (GDF), desenvolvido pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), com apoio do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). A ideia é que a nova medida dê mais rapidez às linhas de ônibus que enfrentam problemas de redução de velocidade em horários de pico.
Além dos ônibus das linhas do DF e do Entorno, poderão circular táxis e veículos de transporte escolar e, para os demais, a passagem será proibida. Se ganham os passageiros que poderão circular por esses corredores, ganham também os motoristas e passageiros que não transitarão por elas, já que os veículos grandes deixam de circular entre os pequenos.
O início da manhã, em que mais pessoas chegam ao mesmo tempo para trabalhar no Plano Piloto pela S1, e o final da tarde quando o fluxo de saída também se intensifica na N1, são os horários mais críticos. “Elaboramos um projeto para melhorar a vida dos usuários do transporte coletivo reservando uma faixa de cada lado do Eixo Monumental só para os coletivos”, informa o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.
Mais fluidez
A implementação ocorrerá na via S1, sentido Cruzeiro-Esplanada dos Ministérios, e na N1, sentido Congresso Nacional-Setor Militar Urbano (SMU). Cada lado tem 7,5 quilômetros de extensão. A previsão é de que, com os corredores exclusivos, o tempo de viagem dos ônibus seja reduzido, como ocorreu após a implementação da exclusividade na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Por lá, o fluxo dos coletivos chegou a aumentar até 40 minutos em horários de maior tráfego.
“A proposta da faixa exclusiva é dar agilidade ao transporte coletivo, estimulando que mais pessoas o utilizem e menos carros estejam nas ruas”, afirma o chefe do Núcleo de Estudo e Elaboração de Projeto do Detran, Marcelo Maia.
As duas pistas são compostas por seis faixas cada uma, sendo a mais à esquerda priorizada a ciclistas nos finais de semana e feriados. Os locais das paradas de ônibus permanecerão inalterados e nas entradas para outras vias e para o Parque da Cidade, por exemplo, a linha de sinalização passará de contínua a pontilhada. Responsável por ajustes técnicos, o Detran fará a sinalização horizontal e vertical das faixas quando o projeto for implantado.
Cinco pontos no DF
As faixas exclusivas no DF somam 135,2 quilômetros de extensão: 24 quilômetros na EPTG, metade em cada sentido; 60 no corredor do BRT Sul, na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia); 22 quilômetros na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB); 26 nos dois lados das W3 Sul e Norte; e 3,2 quilômetros na Estrada Setor Policial Militar (ESPM).
“Nossa proposta é priorizar o transporte coletivo, atendendo aos estudos que definem as políticas de mobilidade urbana, tanto federal quanto distrital”, explica o subsecretário de Infraestrutura e Planejamento da Secretaria de Transporte e Mobilidade, José Soares de Paiva.
A Semob e o Detran-DF também estudam inaugurar, este ano, os corredores exclusivos na Epia, e em 2021 na Avenida Hélio Prates, em Taguatinga. Ajustes na faixa exclusiva na EPNB, especialmente no trecho próximo ao viaduto Samambaia, também estão sendo analisados.
Com informações da Agência Brasília