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Brasília

“É imperdoável”, diz familiar de pai que matou o filho em Luziânia (GO)

Arquivo Geral

12/09/2018 18h08

Maycon Salustiano foi preso em flagrante. Ele diz que não se lembra de ter atirado na criança apesar da arma ser dele. Foto: Divulgação

João Paulo Mariano
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“Mesmo (ele) sendo da família, é imperdoável”. A afirmação é de um primo paterno de Maycon Salustiano Silva, 25, acusado de matar o próprio filho, um bebê de apenas seis meses, nesta madrugada. Ele pediu para não ser identificado. O autor do crime foi preso em flagrante, na manhã desta quarta-feira (12), e será encaminhado para o presídio de Luziânia (GO). A família mora no Parque Estrela Dalva IX, Jardim Ingá – região de Luziânia.

O primo do homem também mora no Jardim Ingá e afirma que todos na região estão “muito revoltados com a situação”. O rapaz considera que o familiar era tranquilo, apesar de “utilizar muita droga”.

Segundo ele, Maycon e a esposa, de 20 anos, estavam juntos há três anos e não brigavam com frequência. Por isso, ninguém nunca imaginou que algo parecido poderia ocorrer. Ainda não há informações sobre o enterro, pois o corpo da criança não foi liberado até a publicação desta reportagem.

Em depoimento, pai diz não se lembrar do tiro

A investigação do caso que deixou a cidade de Luziânia abalada  está a cargo da delegada-chefe da 2ª Delegacia de Polícia do Jardim Ingá, Caroline Matos. Tanto o pai quanto a mãe do menino foram interrogados pela manhã. O homem foi detido devido ao flagrante e deve ser indiciado por homicídio.

Já a mãe da criança foi liberada. Segundo a delegada, a princípio ela não teve culpa no caso. A investigadora afirma que, em depoimento, a jovem contou que o casal fez uso de maconha durante a noite em casa. Maycon ainda teria tomado bebida alcoólica.

Então, uma discussão teria começado porque ela não aceitou as investidas sexuais dele. Assim, ele teria pego a arma, calibre 32, e ameaçado mulher e filho. Em seguida, ele teria disparado contra o menino, que estava no berço. O tiro atingiu o tórax do bebê e teria transpassado seu corpo, segundo a Polícia Militar do município.

Não deu tempo nem de ele ser atendido. O único filho do casal faleceu antes de chegar à UPA do Jardim Ingá. A delegada Caroline explica que Maycon confessou que teria consumido entorpecentes e que a arma seria dele. Porém,  diz não se lembrar do momento do tiro. “Pode até ser que ele não se recorde. Mas a gente sabe que a munição retirada da criança foi de calibre 22. O mesmo calibre da arma que é dele e foi encontrada na casa”, afirma.

Agora, será feita a análise dos laudos, que devem sair em até 30 dias. Maycon foi preso ainda na UPA.

Maycon Salustiano foi preso em flagrante. Ele diz que não se lembra de ter atirado na criança, apesar de a arma ser dele. Foto: Divulgação

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