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Brasília

DF vai enfrentar mais uma semana de calor e seca

Porém, no sábado (10), há chance de chuva na capital

Redação Jornal de Brasília

05/10/2020 10h06

Tempo seco em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Willian Matos, Pedro Marra e Catarina Lima
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Após uma semana de forte calor, altas temperaturas e umidade baixíssima, o cenário deve se repetir nos próximos dias no Distrito Federal. Nesta segunda-feira (5), os termômetros devem registrar 36ºC e umidade relativa do ar de 15%, após chegar a 9% no domingo (4).

A umidade deve baixar ainda mais na quinta (8) e na sexta (9). Na sexta, no entanto, o tempo deve ficar encoberto, o que pode indicar uma chuva no sábado (10).

Queimadas

O clima seco favorece os incêndios florestais no DF. A capital atingiu, neste ano, o terceiro maior recorde de queimadas em 10 anos, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros (CBMDF). A capital federal teve 18,6 mil hectares devastados pela ação do fogo até a última atualização dos dados, em 30 de setembro.

O segundo ano com mais área queimada é 2011: foram 24.558,50 hectares afetados, informa a corporação. Essa quantidade só não é maior que em 2010, quando 30.998,54 hectares foram desmatados em Brasília, sendo a maior queima na década.

A capital federal também teve mais ocorrências de queimadas neste ano do que em 2018 inteiro. Segundo os Bombeiros, em 2020, temos 6.681 chamados para apagar incêndios florestais. Há dois anos, o DF registrou 6.483 combates ao fogo. Em 2019, foram 10.273 ocorrências na capital.

Cerrado

O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) declara que o cerrado cobre cerca de 25% do território nacional, o que representa uma área entre 1,8 e 2 milhões de km² nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções do estado de São Paulo.

Mesmo com essa biodiversidade, a bióloga Isolda Monteiro esclarece como o ecossistema do cerrado fica propenso à queimadas nessa época do ano. “Por conta das árvores serem espaçadas, elas permitem a chegada de uma insolação maior do solo, e promove o desenvolvimento de farto estrato herbáceo (diversidade de ervas), formando um tapete graminoso. Devido a esse ciclo de vida, essas gramas têm folhas e partes florais dissecadas na época da seca. Esse material fino e seco passa a construir um combustível altamente inflamável”, comenta.

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