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Brasília

DF registra diminuição no desemprego

O contingente de desempregados diminuiu em 34 mil pessoas

Pedro Marra

25/08/2020 15h32

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A taxa de desemprego total diminuiu no Distrito Federal de 21,6% para 19,1%, entre junho e julho deste ano. É o que mostram os últimos resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED), divulgada nesta manhã pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). O levantamento é uma parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo os dados, as taxas de desemprego aberto e oculto reduziram de 16,8% para 14,9% e de 4,8% para 4,2%, respectivamente. A taxa de participação, que é a proporção de pessoas com 14 anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, aumentou de 61,1% para 61,5%.

De acordo com a supervisora de Pesquisa de Mercado do Dieese, Lúcia Garcia, essa alteração da situação de trabalho no DF indica que um crescimento da população economicamente ativa no último trimestre.

“Mas a geração de postos de trabalho, expressa pelos ocupados, foi superior a esse aumento de presença no mercado de trabalho, fazendo com que o número de desempregados reduza. Obviamente, isso faz também que a inatividade também tenha sido reduzida. Antes, o mercado de trabalho estava diminuindo e não oferecia oportunidade de trabalho a todos”, explica.

“O mercado de trabalho tem taxas de participação que vinham cadentes, e taxas de desemprego que vinham em sentido ascendente. Portanto, estamos em um ponto de mudança. Recuperamos para o mês de julho, um patamar de desemprego que observamos em julho de 2017 (19,4% de taxa de desemprego). O que nós estamos vendo neste mês é que o mercado de trabalho cresceu, e foi capaz de gerar postos de trabalho para todos os entrantes e ainda abater o volume do desemprego”, esclarece a supervisora. .

O contingente de desempregados diminuiu em 34 mil pessoas, resultado do crescimento do nível de ocupação (mais 48 mil ocupados), o que gera um quantitativo superior ao aumento da População Economicamente Ativa – PEA (mais 14 mil pessoas entraram do mercado de trabalho da região). Com isso, o aumento no contingente de ocupados se deu pelo acréscimo no número de postos de trabalho em todos os setores de atividade econômica e da elevação do emprego assalariado no setor privado e do trabalho autônomo.

Nível de ocupação

Esse cenário do mês de julho é evidente quando olhamos para o aumento do nível de ocupação: 4,0%, ou 48 mil, com um contingente de ocupados estimado em 1.238 mil pessoas. O que teve forte influência nesse crescimento foi a alta no setor de serviços (3,0%, ou 26 mil ocupados), no comércio e reparação (5,9%, ou 12 mil ocupados), na construção (23,4%, ou 11 mil ocupados) e, em menor número, na indústria de transformação (4,8%, ou 2 mil ocupados). A administração pública, por sua vez, diminuiu (-1,7% ou -3 mil ocupados), no período em análise.

Por outro lado, o contingente de assalariados aumentou (2,7%, ou 23 mil pessoas) em decorrência do acréscimo no setor privado (4,4%, ou 24 mil), já que o número de ocupados no setor público praticamente não variou (-0,3%, ou -1 mil). No setor privado, houve crescimento do assalariamento com carteira de trabalho assinada (2,7%, ou 13 mil) e sem carteira assinada (17,9%, ou 12 mil).

Verificou-se, ainda, expansão da ocupação entre os trabalhadores autônomos (8,9%, ou 17 mil), e entre os classificados nas demais posições, onde estão incluídos os empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (8,9%, ou 8 mil), enquanto não variou o número de empregados domésticos.

Entre maio e junho de 2020, o rendimento médio real dos ocupados ficou praticamente estável (-0,1%). Houve redução no rendimento dos assalariados (-1,3%) e aumento entre os autônomos (6,2%), os quais passaram a equivaler a R$ 3.658, R$ 4.083 e R$ 1.615, respectivamente. Entre os assalariados, aumentou a remuneração média no setor privado (1,1%), enquanto permaneceu estável no setor público. No setor privado, o rendimento
médio dos empregados com carteira assinada cresceu (2,3%)

No mês de junho de 2020, o contingente de desempregados foi estimado em 293 mil pessoas, 34 mil a menos que no mês anterior, resultado do declínio no desemprego aberto (-10,2%, ou menos 26 mil) e oculto (-9,7%, ou –7 mil). Mais intensos que a elevação da PEA, esses movimentos se refletiram na retração das proporções de trabalhadores em desemprego: A taxa de desemprego total diminuiu, ao passar de 21,6% para 19,1%, e seus componentes, as taxas de desemprego aberto e oculto retraíram de 16,8% para 14,9% e de 4,8% para 4,2%.

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