A oportunidade de recomeçar está sendo levada a detentos do Presídio da Papuda. No ano passado, 30 deles, que cumprem pena em regime semi-aberto, ajudaram a erguer um bloco para os visitantes da penitenciária feminina do Gama, conhecida como Colmeia. Para eles, a ação tem abrido novos horizontes.
“Hoje eu consigo enxergar a vida com outra perspectiva”, conta um interno que está cumprindo pena há dois anos e oito meses. Ele garante que a Colmeia é um lugar acolhedor, lhe dando a oportunidade de se ressocializar. “Eu diria que aqui é o lugar mais humano do sistema penitenciário de Brasília. Somos tratados como humanos, e não como presos.”
A diretora da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso – Funap/DF, Deuselita Pereira, afirma que a sensação de ter o bloco novo e o galpão industrial funcionando é a “concretização de sonhos”. Para ela, o caminho que as unidades do sistema prisional devem seguir é dar oportunidades para as internas, tanto de trabalho, quanto de estudo. Hoje, os servidores da Colmeia já realizam trabalhos com as internas, mas a diretora espera que as oportunidades sejam ampliadas com a inauguração do galpão.
Outros projetos semelhantes aos que fizeram da Colmeia um lugar melhor para os detentos estão sendo implantados também na Papuda, com reativação de uma padaria e criação de de 3,2 mil vagas de obras em andamento.
(Da Redação, com Agência UniCeub. Mariana Fraga, Marília Sena, Larissa Lustoza e Henrique Kotnick)